Engraçado como as coisas podem tomar formas diferentes e bem mais amenas do que as anteriores.
Eu digo isso porque dias atrás estava furioso com o tal acontecimento do presente, mas hoje, se parar pra pensar, posso dizer que tal acontecimento nem fede e nem cheira. É quase nulo para mim, talvez por que eu não esteja me importando tanto com o que vem da tal pessoa. ponto.
domingo, 31 de julho de 2011
sexta-feira, 15 de julho de 2011
O presente
Propensão pra desastres é algo que muita gente tem.
Eu tenho, mas nem sempre acho que isso deva ser considerado ruim. Não até que o desastre seja tão grande a ponto de me deixar, por horas, anestesiado da vida só pensando nas repercussões dele.
Acontece o seguinte:
O que você faria se, por desventura, descobrisse que a data do aniversário de alguém próximo era no dia que você recebeu a ligação de outro alguém te avisando o acontecimento, no dia que estava correndo, naquele mesmo dia?
Provavelmente ligaria desejando felicidades e de algum modo tentaria recompensar o fato de que não se importou muito em saber a data do aniversário da pessoa amiga e tal. Até compraria um presente. Logico, felicidades desejadas e data confirmada, estava tudo certo.
A diferença é que não era o aniversário dessa pessoa e pior, essa pessoa não fez a minima questão de desmentir. Desmentiria na segunda-feira, o dia seguinte do aniversário, porém o presente havia sido prometido para a quarta, mas, por ironia, entregue justo neste dia(a segunda) e a tal pessoa não teve cara de falar a verdade.
Até ai eu entendo.
Foi puro acaso...
A vida deixou acontecer...
Observação: 19 de junho a data errada. 19 de julho a data correta.
Isso tudo se tornaria pior, porque essa pessoa deixou o tempo correr por quase um mês e tinha a intenção absurda de revelar a data de aniversário no dia correto, no dia de uma comemoração, na frente de várias pessoas, mais ou menos como uma cena de novela onde alguém é humilhado e sai correndo aos prantos. Mais ou menos isso.
Não tão assim, mas era.
Como se aquela boa intenção do presente foi algo considerado piada.
Uma piada apenas e sem importância.
Uma piada que se não fosse descoberta a tempo, teria causado um estrago absurdo.
Confiar nas pessoas hoje em dia é algo impossível. Você acha que pode, mas no fundo sempre tem que ter o pé atrás por nunca saber o que vai acontecer. Eu particularmente estou aprendendo ainda, mas vez ou outra cometo alguns deslizes.
O pior de tudo isso é que, por mais que as pessoas achem esse tipo de atitude normal, eu, no meu jeito chato e estranho de ser, acho um absurdo sem igual e talvez por isso nunca consiga perdoar essa pessoa, nem vê-la do modo como via anteriormente. Via como uma pessoa especial incapaz de muitas coisas que hoje sei ser capaz. Vejo hoje com certo mau estar, embora haja muita coisa boa a ser lembrada.
Talvez isso tenha sido bom pra ambos os lados.
O fato de eu estar decepcionado faz com que eu a esqueça; e acho que eu esquecê-la talvez seja o que mais essa pessoa venha desejando nos últimos tempos.

Marcadores:
o
domingo, 10 de julho de 2011
Ou vivo ou escrevo...
Ou eu vivo pra escrever ou escrevo pra viver.
Independentemente de qualquer coisa, ambas ações são disjuntas mesmo que não pareçam a princípio.
Acontece o seguinte: De uns dias pra cá, minha vida tem sido uma correria só, assim como a de muita gente que vive sem reclamar um só segundo; não que eu esteja reclamando, mas o que quero dizer é que devido toda essa correria, tenho deixado de lado muitas coisas consideradas prazerosas para mim.
Escrever é uma delas; assim como ler.
Escrever faz com que eu me sinta mais útil de alguma maneira, igualmente vivo.
Expressar e registrar os acontecimentos da minha vida ou criar acontecimentos de vidas que nem sequer existem são, senão um fenômeno extraordinário, a melhor forma de conversar consigo mesmo, algo que todo mundo deveria experimentar, ou pelo menos compartilhar da mesma opinião que tenho.
Quando escrevo, sinto que estou desabafando e é como uma terapia, vou esvaziando minha mente e deixando-a pronta para as próximas frases, os próximos parágrafos.
É como tecer um tecido inteiro para ser desconstruído pelos olhos do leitor.
E embora eu adore, as vezes sinto que não tenho o que escrever por estar muito atarefado.
Mas quando não estou atarefado, acho que não tenho o que escrever.
É mais ou menos assim: Quero viver pra escrever essas experiências, mas quando vivo, não tenho tempo de escrevê-las. Aí começo a reclamar, mas sei que se não viver, jamais poderei falar com tanta clareza das minhas experiências. Seria apenas um ser que escreve vivendo o ficcional e não o factual.

domingo, 3 de julho de 2011
Roteiro da vida
Impressionante como a vida tem altos e baixos.
Assim como na música, na cores, nos gostos, a vida passa por diversos estágios. Como timbres, tons, intensidades. Desse modo, posso dizer que a minha está quase sempre adquirindo novas formas e que, por mais que eu ache ela bem pardinha, na verdade é muito agitada e cheia de reviravoltas.
Muitas vezes achamos um exagero o que vemos nas séries, filmes, novelas. Achamos tudo aquilo meio ficcional e nada real, até exagerado, elevado às últimas potências, mas no fundo, volta e meia percebemos que estamos vivendo nossa própria trama e que somos os mocinhos, sofredores, persistentes; os coadjuvantes que roubam as cenas; ou até os vilões, incompreendidos, mas com suas próprias razões - somente entendidas por nós mesmos.
Não sei dizer se sou mocinho, coadjuvante ou vilão.
Acredito que todo mundo tenha um pouco de todos.
Como já disse, a vida tem altos e baixos.
Uma hora protagonizamos uma cena, outra somos só mais um no set; ou então estamos lá sendo os carrascos irritantes e indesejáveis.
Só posso dizer que estou tentando fazer o melhor.
E parece está dando certo.
Tudo, pelo menos por hora está entrando nos trilhos.
Perfeitamente ajustado com o roteiro que eu mesmo estou fazendo questão de escrever.

