domingo, 16 de junho de 2013

o que eu venho passando

eu queria falar uma coisa pra vocês:
não estou triste, estou apenas passando uma por uma difícil.
eu fico grato, sinceramente, quando percebo o apoio das pessoas. sei que estão do meu lado, também sei que estarão mesmo depois dessa tempestade. 
ultimamente, tenho desabafado minhas angústias escrevendo. na verdade, foi sempre assim. talvez, a maioria não tenha notado, mas antigamente, eu vivia postando textos que falavam do meu eu, minhas experiencias ou, até mesmo, 'ficcionavam' situações que eu imaginava ser real. por fim, era sempre escrever que me aliviava.
eu amo escrever. amo ler. prefiro escrever, confesso. por ser um pouco egoísta, sei que sou, ler o que escrevo sempre me agrada mais do que outros escritos alheios. quando comecei a ler, na verdade estava apenas buscando inspiração; modelos para enriquecer a minha escrita, mas no fim de tudo, sempre foi escrever.
hoje, quando escrevi aquilo mais cedo, como algo impulsivo, uma moça chamadaLilian falou que, muito embora não tivéssemos intimidade, sempre admirou as coisas que eu escrevia e postava. foi aí, então, que eu percebi que, mesmo com poucas curtidas, o que eu escrevia era lido por alguém e me fazia ter algum tipo de valor.
não sei se faz sentido, mas, quando estamos sensíveis, qualquer palavra que aguce nossa estima é válida. foi isso que aconteceu. 
estou bem, estou legal... rs, estou vivo.
estou corajoso para enfrentar tanta coisa.
o que vier...
obrigado a todos.

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[...] eu queria poder escrever sobre as vaias da Dilma, sobre os 0,20 centavos ou sobre qualquer outra coisa que me dispersasse o pensamento insano.
hoje quando acordei, deparei-me com a notícia do falecimento de uma jovem garota chamada Carol Lopes. Isso me chocou. Não porque eu a conhecia intimamente, tanto é que nem amigos no facebook éramos, mas me chocou porque de alguma maneira eu a conhecia. um natal ou outro alí, na casa de Eduarda tive o prazer de conhecê-la um pouco e suficiente pra me abalar.
frágil. palavras perfeita para definir a minha primeira impressão. uma menina frágil nas ações e cautelosa no modo de falar. 
mas, confesso. não fiquei chocado por tê-la conhecido apenas.
acho, talvez, que nesse momento eu deva estar passando por aquela fase em que tudo está meio incerto. bem, a algumas semanas atrás eu vivia com a desconfiança de que estava doente, e ainda assim vivia uma vida normal. estudava, trabalhava ( dava aula para aqueles alunos insanos) e vivia uma rotina agrável, enlouquecendo entre álgebra linear, calculo diferencial e algebra. nem cito didática, lógica da matemática e prática... mas era algo que me completava. agora, eu não tenho mais nada disso. não tenho meus alunos, minha faculdade, minha vida. tenho estado tão online que talvez o facebook me dê um prêmio de cliente vip. e tudo isso vem me deixando triste.
tem me deixado em estado de vegetal. 
tudo que me restou foi dor. ela tem estado tão presente, que desconfio que sentirei falta dela quando ficar bom. tem sido minha amiga intima, inseparável. aquela que está presente em todos os momentos.
eu sei que já está perto, e eu sei que me abalei com a notícia da morte da menina porque eu estou numa roleta, num jogo do qual não sei qual será o resultado.
vocês já imaginaram estar vivendo uma vida e que a sua vida está em jogo? tudo bem, a de todos nós está. mas não sabemos até termos algo definitivo, tal como a minha doença. é isso o que estou tentando explicar. a dúvida.
eu não quero me abalar com tais notícias e nem deixar de ser otimista, a diferença é que agora eu tenho feito menos coisas que antigamente e a ausencia de coisas tem me deixado ansioso.
felizmente, amanhã é um novo dia e decisivo em minha vida.
tudo está se encaminhando...
eu só quero me livrar disso, só quero ser normal de novo...
ninguém merece deixar de viver por uma coisa tão idiota chamada cancer.
só tenho certeza de uma coisa: abalado ou não, sairei vencedor...
o que não me mata, me fortalece.
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[...] eu não chamo de dia dos namorados, prefiro chamar das pessoas que se amam.
é muita pressão, eu sei. desde o ano passado, aprendi a superar esse dia. afinal, gostar de uma pessoa comprometida, é um péssimo sinal de que o seu dia dos namorados não vai ser lá o dia mais perfeito do mundo.
a vida é assim, cheia de situações impactantes, que nos fazem sair delas com bons motivos para achá-la bela ou criar desgosto. acontece que, felizmente, nunca fui de tirar proveito ruim das situações excentricas que a vida já me proporcionou. e esse é um ponto positivo para mim. quando eu falei da minha doença, não estava focando apenas nisso. o fato de que eu consigo reagir bem, é válido para qualquer situação que de alguma maneira poderia me traumatizar, como a qualquer outra pessoa.
então é isso, ano passado eu gostava de uma pessoa comprometida.
a mesma que eu vi fazer mil planos, receber presente e entregar presente.
muito embora, de alguma maneira, eu tenha sido presenteado nesse dia, o dia não foi perfeito como eu esperava ser.
exatamente por isso, tentei não criar expectativas sobre esse dia.
mas felizmente, dizem que quanto menos esperamos, mais acontece.
deixo por assim dizer.
aos casais que se amam, como já disse minha amiga Letícia, namorados, enrolados, ficantes, sei lá o quê. Um feliz dia dos NAMORADOS, ou como eu digo, feliz dia das pessoas que se amam. E aos que não estão comprometidos, também.
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[...] eu acho que as pessoas não entenderam que o fato de eu estar mal, não necessariamente significa que devo estar pra baixo.
e o fato de eu não estar triste, não significa que não estou sofrendo.
eu pensava que seria melhor demonstrar ser forte, não por demonstrar claro, é algo que vem de mim como uma força natural, mas, eu pensava que ser assim, seria bom para as pessoas ao meu redor. serviria de exemplo, um exemplo bom. exemplo de quem tem força e coragem para enfrentar o que a vida nos proporcionar.
acontece que de uns dias pra cá, algo vem me incomodando.
minha mãe, pessoa que diz estar sentindo muito por mim, vem diminuindo tudo o que venho passando. tenho cancer, foi diagnosticado. está claro. preciso tratar, só não se sabe ainda que passo seguir. se ele é primário ou sei lá o quê. mas está claro, eu tenho cancer. muito embora essas palavras venham sendo repetidas, ela parece fingir não ouvir. ou fingir não ser tão ruim.
afinal, eu estou demonstrando não ser.
mas como disse, não significa que não seja.
eu estou mal sim. houveram dias em que eu tive que ser forte, por mim, por todos. principalmente por ela que sempre demonstrou nao reagir bem a tais noticias. mas parece que eu demonstrei bem demais, porque hoje ouvi ela dizer que se eu estivesse tão mal, não teria ido para festa tal. então quer dizer que as pessoas só vão entender a gravidade da situação se por acaso eu morrer? ou chorar? ou ficar pra baixo?
não entendo.
só entendo uma coisa, há dias em que a minha cabeça dói. e que não existe posição nenhuma que me faça dormir. há dias em que acho que tem algo de errado na minha cabeça, tentando me fazer ficar pra baixo, unida a essa dor imensa.
eu só queria que as pessoas respeitassem um pouco isso.
eu só queria que ninguém sentisse pena de mim.
é por isso que eu sinto, é por isso que eu sofro, mas é por isso que não deixo de sorrir.
eu só queria respeito pelo meu momento.
principalmente respeito da minha mãe que parece estar competindo doença comigo.
eu só queria poder ter paz até em meio a batalha. 
e poder lutar tranquilo comigo mesmo.
obrigado.
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dor, dor, dor... céus, tira isso de mim.
se mata, ou morre. mesmo que ambas ações tenham resultado equivalente. mas foge de mim, dor. Me deixa em paz, me larga e finge que eu não existo. deixa a minha mente em paz, o meu corpo em paz. o meu coração. em paz. sem você, dor.

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eu vejo bons motivos e um futuro cheio de perspectivas para mim.
muito embora minha visão seja tão otimista, uma vez, ou outra, algo acontece como uma espécie daquilo que chamam de provação. algo que com certeza eu poderia encarar, é claro, porque nunca fui fraco diante de desafios. e nunca serei, que fique bem claro.
há poucos meses venho sendo provado, testado, com bons motivos para ter me isolado, desistido do mundo, da vida, das minhas atividades rotineiras. diferente disso, embora tenha mudado um pouco o foco das coisas, permaneci praticamente igual, insisti em manter tudo em seu devido lugar e agir como se tudo estivesse na sua mais perfeita ordem. mas eu sei que não está. eu não sou mais o mesmo, eu não tenho mais a mesma saúde e nem mesmo disposição, sem entrar em detalhes.
agradeço a Deus por tudo, por ter me feito assim.
eu sou especial, achem ou não.
eu sou feliz e sou feliz até quando não deveria ser.
e vou ser feliz independente do que aconteça.

me segurem que hoje eu acordei com tudo. 
não tem doença, não tem dor de cotovelo, não tem preocupação e, melhor, não tem dor de cabeça que me faça ficar abalado. 
aos meus amigos, amo todos vocês.
não vai ser dessa vez que se livrarão das minhas loucuras, birras, crises existenciais, meus relatos amorosos e das minhas conversas sem rumo definido.
SEMPRE EM FRENTE.
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