sábado, 17 de setembro de 2011

vida dupla

Eu preciso me reinventar.
Dizer ao meu eu, olhando no espelho: - Consigo ser útil! O que não consigo sentir com tanta intensidade, quanto sentia anteriormente; Que sou capaz de enfrentar o que tem acontecido, carregar o peso da responsabilidade de ter a minha rotina.
Parece fácil, ou melancólico demais.
Depende do ponto de vista.
Moro agora em outra cidade. Distante de onde estudo, da pessoa que amo.
Trabalho noutra, cujas funções que exerço me agradam, onde minhas raízes estão fincadas. E que por mais desagradável que seja aos olhos de todos, inclusive dos meus quando estou em momentos de tédio, sempre será meu lugar. Um que se opõe ao outro.
E ambos me atraem, fascinam.
Ambos me fazem ter a sensação de vazio, porque quando estou num, sinto falta do outro e vice-versa.
Um paralelo de vida, uma vida dupla que vivo e que tem me cansado.
É por isso que preciso me reinventar, voltar a ser o mesmo de sempre. Atento a tudo, disposto a tudo. Mas parece que na minha vida, ao meu redor, os acontecimentos tem me retido tudo e devolvido nada. Nada da minha força vital. 
Estou sendo meio zumbi... Um zumbi vagando por aí, tentando ser dois ao mesmo tempo e não sendo nada igualmente.

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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Expressando

Escrevo agora sentindo meu corpo me levar; sentindo a necessidade de expressar alguma coisa que nem sei ao certo do que se trata; sentindo meu coração bater tão forte a ponto de estourar, palpitando em meu peito. 
Eu sinto sempre. Ouço vozes intensas que soam em meus ouvidos como sinos badalando, gritando, reproduzindo sons que me atormentam; sons que repetem nomes, um a um, nomes que costumam passar rápido - na velocidade de um cometa, ou então, demoram e me fazem sofrer ainda mais, porque sei que a maioria deles são nomes impossíveis para mim. 
Imagino tudo, quase sempre, mas não ilusiono, sou bem pé no chão. Estabeleço para mim um limite muito curto – quase como se eu estivesse próximo de um precipício. Esse limite serve para que eu não chegue a me arrebentar lá em baixo, me chocando contra as rochas frias e tentadoras que hora ou outra me atraem, hipnotizam. 
Grito, mas neste momento meu grito está fraco, porque sei que ainda está começando tudo de novo e odeio isso tudo; odeio esse ciclo de gostar de alguém que não gosta de mim; odeio o fato de que vou sofrer agora por alguém irritante – que me causava repulsa, raiva, desinteresse – e que agora me atrai de um modo intenso, quase impossível de resistir. 
Pareço estar sendo atraído pelo perigo. 
Mas sei que só um alguém sairá prejudicado disso tudo: Eu. 
Não é tão difícil de prever, e nem precisa ser muito inteligente para presumir o final dessa história. 
No fim das contas, vou me conformar com pessoas que eu não quero e irei esquecer o nome que grita dentro de mim, urgentemente, quando surgir outro... outro... outro...
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