quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Preciso...

Eu preciso manter meus pensamentos afastados de coisas impossíveis.
Aprender a ser eu só e não me importar tanto em estar perto de pessoas que nem sequer notam que eu existo; nem sequer sabem o que eu sinto por elas e mesmo sabendo não estando nem aí para o fato.
Preciso ser mais eu; apreciar a mim mesmo porque a minha companhia é suficientemente reconfortante.
Preciso mudar meu hábitos e focar minhas necessidades em coisas realmente válidas; coisas que possam ser lembradas como momentos que valeram a pena; momentos de felicidade e não de angústia.
Preciso aproveitar melhor o meu tempo, não colocando-o em função do tempo dos outros. Ajustar meus ponteiros na direção horária, mesmo que não seja em horário de verão - saberei que mesmo estando uma hora atrás dos outros, o tempo também chegará para mim.
Preciso tanto...
Preciso apenas...
Quem não precisa de qualquer coisa que seja, afinal?
Pensar assim me faz sentir menos solitário.
Sei que por aí tem alguém que precisa tanto ou mais do que eu...
Sigamos precisando então...
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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Chuva, chover

Senti aquilo que dizem ser um devá vu.


Eu nem vi, nem tampouco presenciei a cena, mas é como se eu estivesse lá. 
Uma amiga costuma dizer: Há coisas que não precisamos ver com nossos próprios olhos, simplesmente porque a descrição é tão detalhada que nos faz viver tudo aquilo em nossas mentes.
Como se fossemos os personagens daquela história.
Nos dá então a sensação de vulnerabilidade.
Eis então: Era uma noite qualquer e eu era muito pequeno, mesmo. Lembro quando ele despediu-se de mim e sorriu pra minha mãe. Lembro também que chovia muito, como chove agora e talvez por isso eu esteja recordando de tudo no presente momento. Lembro, ainda mais, que era madrugada quando minha mãe recebeu a notícia e daí então não lembro de mais nada.
As únicas lembranças que restaram foram: A nossa casa sendo preparada para um festa, os móveis novos chegando, o tom de alegria e o clima de família. Minha mãe estava radiante enquanto varria a casa do jeito único - ela nunca foi muito boa em qualquer atividade que exigisse paciência, por isso o chão estava ainda sujo como  se a areia ainda estivesse lá. Ele estava esperando as bebidas chegarem e minhas tias idem. Nesse dia, tudo parecia ser eterno, mas foi justamente nesse dia em que eu aprendi que nada é para sempre.
Então eu me recordo agora da minha mãe contando como se nunca fosse esquecer:
Ele estava viajando junto de outros policiais, num dia chuvoso e então, de repente, o carro virou-se levando apenas a sua vida. Ele era o meu pai - padrasto, como queiram dizer. Para mim, era meu pai, tão mais intenso que o verdadeiro e hoje eu percebo que era isso o que ele realmente era.
Eu não sei por que motivo chuva sempre lembra dele, mas hoje pareceu que tudo foi bem mais intenso do que nas outras vezes. Pelo simples fato de que viajei enquanto chovia e tudo remetia bastante ao acontecido e a imagem dos policiais me fizeram lembrar mais ainda dele.
Espero que um dia eu consiga associar chuva a algo bom.
Porque até hoje, toda vez que chove, minhas mãos ficam frias como se tudo aquilo fosse acontecer novamente. Como uma espécie de trauma que eu jamais irei superar.
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sábado, 19 de novembro de 2011

Ausênte

Ausência é a palavra chave pra tudo isso.
Não tenho escrito nada, não tenho sentido prazer em fazê-lo.
Uma vez eu disse que minha mente, vez ou outra, reclamava da falta de acontecimentos bons, algo que significasse dizer que estava valendo a pena estar vivo e continuar assim. Mas também disse que quando eu realmente me sentia assim, me faltava o ânimo pra escrever, por estar atarefado demais, pelo fato de que todos esses acontecimentos, quando acontecem, vem de uma vez só e não me dão nem tempo de digerí-los.
Aí, acontece isso.
Meu blog fica sem textos, meu diário idem e minha frustração toma conta, porque adoro sentir que estou produzindo muitos textos, apenas por produzir... gosto dessa sensação.

Me sinto útil.
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domingo, 9 de outubro de 2011

Recaída

 Você pode ter mil amores, de uma vez só. Acho.
Eu meio que vivo assim, me apaixonando fácil, chorando fácil, desgostando fácil. Ás vezes confundo beleza com sentimento. Quero dizer: Ás vezes acho que estou apaixonado pelo simples fato de que uma pessoa é muitissimo bonita, mas isso é um pouco relativo, um pouco frio, meio cafageste. É como se eu não fosse fiel ao meu sentimento, e as pessoas são assim.
Hoje em dia quase não existe mais fidelidade. E é mais ou menos onde quero chegar. Digo, ninguém consegue ter só um alguém e isso me faz vez o quanto o ser humano nunca está satisfeito com nada. Eu, por exemplo, gostava até um dia desses de uma pessoa e parecia ser só ela. Era só ela. Foi algo mágico, meu sentimento. Mas eu sabia que existiam outras pessoas. Inclusive dessas bonitinhas que a gente pode se apaixonar fácil numa semana e depois esquecer na mesma hora. Mas com essa pessoa foi diferente.
Não era só beleza.
Não mesmo.
Nem mesmo sabia que ela existia, tipo, para mim ela era uma pessoa que passava despercebida. Mas isso foi mudando. Muito rapidamente. Porque eu comecei a notar o seu jeito, seu modo de falar. A maneira como ria das minhas piadas sem graça. A maneira como caminhava, agia. Como se mostrava quieta e santa (até eu descobrir que não era bem assim, mas mesmo assim continuei gostando). O tempo passou, passou e passou... e eu continuei descobrindo coisas piores, muito piores, mas isso não foi suficiente para me fazer deixar de gostar.
Eu ansiava pela sua voz do outro lado do telefone.
Ansiava pelo dia em que eu veria novamente.
E ansiava, a cima de tudo, apenas ver o seu sorriso.
Era o que bastava pra mim.
Eu sofri bastante, ouvia musicas que me deixavam pra baixo e me lembravam desta pessoa que hoje, não é tão importante, mas por que eu fiz ser assim. Primeiro inventei uma mentira de mim para mim porque estava cansado de viver aquilo. Inventei que gostava de outra pessoa e fiz isso escancaradamente, somente pra não deixar vestigios de dúvidas de que eu a tinha esquecido.
Eu queria deixar claro, pra todos, que não gostava mais desta pessoa e que agora era outra, não mais ela, porque eu estava me sentindo meio ridículo em gostar tanto assim alguém, quando tudo que ela guardava por mim era pena. Eu não gosto de me sentir assim. Não gosto que sintam pena de mim. Odeio me sentir um fragilizado.
E a mentira deu certo.
Parecia que agora eu estava sofrendo por outra, que não era bem uma mentira (gostei dessa pessoa uma semana, mas foi coisa, como eu já disse, passageira. Era só atração. Só beleza. Mas quando ouvi o que ela tinha pra me dizer, deixei de gostar no ato.)
E agora eu estava aqui, ouvindo música, até sentir um vazio.
Estou conhecendo algumas pessoas no momento, estou até meio admirado, mas não sei se é só pelo fato de serem pessoas bonitas ou porque gostarei de verdade de uma delas. E mesmo assim, com essas pessoas em mente, me veio a lembrança daquela que me fez inventar uma série de mentiras, somente para dizer pro meu eu que não estava mais apaixonado, como um mecanismo de defesa. Sei lá, não acho que seja uma recaída, mas se for, não direi a ninguém.
Não vou deixar meu esforço todo, aquele de escandarar meus segredos, serem em vão.
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sábado, 17 de setembro de 2011

vida dupla

Eu preciso me reinventar.
Dizer ao meu eu, olhando no espelho: - Consigo ser útil! O que não consigo sentir com tanta intensidade, quanto sentia anteriormente; Que sou capaz de enfrentar o que tem acontecido, carregar o peso da responsabilidade de ter a minha rotina.
Parece fácil, ou melancólico demais.
Depende do ponto de vista.
Moro agora em outra cidade. Distante de onde estudo, da pessoa que amo.
Trabalho noutra, cujas funções que exerço me agradam, onde minhas raízes estão fincadas. E que por mais desagradável que seja aos olhos de todos, inclusive dos meus quando estou em momentos de tédio, sempre será meu lugar. Um que se opõe ao outro.
E ambos me atraem, fascinam.
Ambos me fazem ter a sensação de vazio, porque quando estou num, sinto falta do outro e vice-versa.
Um paralelo de vida, uma vida dupla que vivo e que tem me cansado.
É por isso que preciso me reinventar, voltar a ser o mesmo de sempre. Atento a tudo, disposto a tudo. Mas parece que na minha vida, ao meu redor, os acontecimentos tem me retido tudo e devolvido nada. Nada da minha força vital. 
Estou sendo meio zumbi... Um zumbi vagando por aí, tentando ser dois ao mesmo tempo e não sendo nada igualmente.

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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Expressando

Escrevo agora sentindo meu corpo me levar; sentindo a necessidade de expressar alguma coisa que nem sei ao certo do que se trata; sentindo meu coração bater tão forte a ponto de estourar, palpitando em meu peito. 
Eu sinto sempre. Ouço vozes intensas que soam em meus ouvidos como sinos badalando, gritando, reproduzindo sons que me atormentam; sons que repetem nomes, um a um, nomes que costumam passar rápido - na velocidade de um cometa, ou então, demoram e me fazem sofrer ainda mais, porque sei que a maioria deles são nomes impossíveis para mim. 
Imagino tudo, quase sempre, mas não ilusiono, sou bem pé no chão. Estabeleço para mim um limite muito curto – quase como se eu estivesse próximo de um precipício. Esse limite serve para que eu não chegue a me arrebentar lá em baixo, me chocando contra as rochas frias e tentadoras que hora ou outra me atraem, hipnotizam. 
Grito, mas neste momento meu grito está fraco, porque sei que ainda está começando tudo de novo e odeio isso tudo; odeio esse ciclo de gostar de alguém que não gosta de mim; odeio o fato de que vou sofrer agora por alguém irritante – que me causava repulsa, raiva, desinteresse – e que agora me atrai de um modo intenso, quase impossível de resistir. 
Pareço estar sendo atraído pelo perigo. 
Mas sei que só um alguém sairá prejudicado disso tudo: Eu. 
Não é tão difícil de prever, e nem precisa ser muito inteligente para presumir o final dessa história. 
No fim das contas, vou me conformar com pessoas que eu não quero e irei esquecer o nome que grita dentro de mim, urgentemente, quando surgir outro... outro... outro...
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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Desabafo...

 Bem, eu estava vindo pra faculdade e um turbilhão de coisas aconteceram de  uma só vez.
As vezes parece que não é permitido falar tudo com a minha mãe, porque a verdade com ela não rola. É algo que a desagrada, a faz estourar. Se a razão for minha, tudo bem, eu não posso nem ao menos citar. Se for dela. Ah, quem sou eu pra pelo menos tentar frear?
Ponto.
Tive uma conversa daquelas por telefone com a minha mãe e restou-me esse sentimento todo:

É bom poder desabafar as vezes, ou então, apenas tentar dizer a sí mesmo que tudo vai ficar bem.
Ás vezes acontece uma situação desse tipo e é aí que nos colocamos um pouco de fora pra poder enxergar de longe, sob uma perspectiva de quem pode julgar, pois o objeto de julgamento somos nós mesmo e nossas próprias ações.
Queria poder dizer claramente o que tem acontecido, mas há um bloqueio que não permite de forma alguma pelo menos citar os acontecimentos fato a fato.
Por hora basta  falar essas palavras desconexas a mim mesmo, um dia quem sabe, eu consiga abrir pra todos o fato de que nem sempre sou feliz como aparento.


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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Filme do domingo

"O som do coração" me emocionou de certa forma.
O filme que conta a história, um pouco exagerada, de um amor quase inexplicável onde os protagonistas se conhecem numa noite, e esta fica marcada pro resto de suas vidas, é bom, e apesar de ser cheio de defeitos conseguiu prender minha atenção do início ao fim.
Acontece que desta noite, foi gerada uma criança e este dada como morta logo ao nascer. Mas aí, a mãe(violoncelista) não estava mais com o pai (cantor e violonista), e este bebê fora dado como morto graças ao seu pai ( um carrasco) que assinou os papeis do termo de adoção e depois forjara a morte do bebê;
Parece até novela mexicana.
Mas...
Não estou aqui pra contar uma sinopse, nem tão pouco manter linearidade.
Apenas comento um pouco sobre o filme que me deixou vidrado.
E...
Frustrado..
Pois bem no finzinho, quase quando ambos se reencontram, digo, mãe, pai e filho, o filme acaba.
E quase chorei...
O que me faz pensar que estou um pouco dramático demais nos últimos dias.
Bom...
Novidade nenhuma até aí.


Naquele mesmo dia, ao assistir o filme, me empanturrei de pipoca feita por Larissa.
Marília via o filme quase sem se mover.
Leandro igualmente, mas por que estava como ainda está debilitado graças ao acidente de moto que teve.
E tudo correu super bem.
Inclusive a notícia de que as aulas começarão no dia 8 de agosto.
Por hora só.



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domingo, 31 de julho de 2011

finalizando

Engraçado como as coisas podem tomar formas diferentes e bem mais amenas do que as anteriores.
Eu digo isso porque dias atrás estava furioso com o tal acontecimento do presente, mas hoje, se parar pra pensar, posso dizer que tal acontecimento nem fede  e nem cheira. É quase nulo para mim, talvez por que eu não esteja me importando tanto com o que vem da tal pessoa. ponto.
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sexta-feira, 15 de julho de 2011

O presente

Propensão pra desastres é algo que muita gente tem.
Eu tenho, mas nem sempre acho que isso deva ser considerado ruim. Não até que o desastre seja tão grande a ponto de me deixar, por horas, anestesiado da vida só pensando nas repercussões dele.
Acontece o seguinte:
O que você faria se, por desventura, descobrisse que a data do aniversário de alguém próximo era no dia  que você  recebeu a ligação de outro alguém te avisando o acontecimento, no dia que estava correndo, naquele mesmo dia?
Provavelmente ligaria desejando felicidades e de algum modo tentaria recompensar o fato de que não se importou muito em saber a data do aniversário da pessoa amiga e tal. Até compraria um presente. Logico, felicidades desejadas e data confirmada, estava tudo certo.
A diferença é que não era o aniversário dessa pessoa e pior, essa pessoa não fez a minima questão de desmentir. Desmentiria na segunda-feira, o dia seguinte do aniversário, porém o presente havia sido prometido para a quarta, mas, por ironia, entregue justo neste dia(a segunda) e a tal pessoa não teve cara de falar a verdade. 
Até ai eu entendo.
Foi puro acaso...
A vida deixou acontecer...
Observação: 19 de junho a data errada. 19 de julho a data correta.
Isso tudo se tornaria pior, porque essa pessoa deixou o tempo correr por quase um mês e tinha a intenção absurda de revelar a data de aniversário no dia correto, no dia de uma comemoração, na frente de várias pessoas, mais ou menos como uma cena de novela onde alguém é humilhado e sai correndo aos prantos. Mais ou menos isso.
Não tão assim, mas era.
Como se aquela boa intenção do presente foi algo considerado piada.
Uma piada apenas e sem importância.
Uma piada que se não fosse descoberta a tempo, teria causado um estrago absurdo.
Confiar nas pessoas hoje em dia é algo impossível. Você acha que pode, mas no fundo sempre tem que ter o pé atrás por nunca saber o que vai acontecer. Eu particularmente estou aprendendo ainda, mas vez ou outra cometo alguns deslizes.
O pior de tudo isso é que, por mais que as pessoas achem esse tipo de atitude normal, eu, no meu jeito chato e estranho de ser, acho um absurdo sem igual e talvez por isso nunca consiga perdoar essa pessoa, nem vê-la do modo como via anteriormente. Via como uma pessoa especial incapaz de muitas coisas que hoje sei ser capaz. Vejo hoje com certo mau estar, embora haja muita coisa boa a ser lembrada.
Talvez isso tenha sido bom pra ambos os lados.
O fato de eu estar decepcionado faz com que eu a esqueça; e acho que eu esquecê-la talvez seja o que mais essa pessoa venha desejando nos últimos tempos.
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domingo, 10 de julho de 2011

Ou vivo ou escrevo...

Ou eu vivo pra escrever ou escrevo pra viver.
Independentemente de qualquer coisa, ambas ações são disjuntas mesmo que não pareçam a princípio.
Acontece o seguinte: De uns dias pra cá, minha vida tem sido uma correria só, assim como a de muita gente que vive sem reclamar um só segundo; não que eu esteja reclamando, mas o que quero dizer é que devido toda essa correria, tenho deixado de lado muitas coisas consideradas prazerosas para mim.
Escrever é uma delas; assim como ler.
Escrever faz com que eu me sinta mais útil de alguma maneira, igualmente vivo.
Expressar e registrar os acontecimentos da minha vida ou criar acontecimentos de vidas que nem sequer existem são, senão um fenômeno extraordinário, a melhor forma de conversar consigo mesmo, algo que todo mundo deveria experimentar, ou pelo menos compartilhar da mesma opinião que tenho.
Quando escrevo, sinto que estou desabafando e é como uma terapia, vou esvaziando minha mente e deixando-a pronta para as próximas frases, os próximos parágrafos.
É como tecer um tecido inteiro para ser desconstruído pelos olhos do leitor.
E embora eu adore, as vezes sinto que não tenho o que escrever por estar muito atarefado.
Mas quando não estou atarefado, acho que não tenho o que escrever.
É mais ou menos assim: Quero viver pra escrever essas experiências, mas quando vivo, não tenho tempo de escrevê-las. Aí começo a reclamar, mas sei que se não viver, jamais poderei falar com tanta clareza das minhas experiências. Seria apenas um ser que escreve vivendo o ficcional e não o factual.
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domingo, 3 de julho de 2011

Roteiro da vida

Impressionante como a vida tem altos e baixos.
Assim como na música, na cores, nos gostos, a vida passa por diversos estágios. Como timbres, tons, intensidades. Desse modo, posso dizer que a minha está quase sempre adquirindo novas formas e que, por mais que eu ache ela bem pardinha, na verdade é muito agitada e cheia de reviravoltas.
Muitas vezes achamos um exagero o que vemos nas séries, filmes, novelas. Achamos tudo aquilo meio ficcional e nada real, até exagerado, elevado às últimas potências, mas no fundo, volta e meia percebemos que estamos vivendo nossa própria trama e que somos os mocinhos, sofredores, persistentes; os coadjuvantes que roubam as cenas; ou até os vilões, incompreendidos, mas com suas próprias razões - somente entendidas por nós mesmos.
Não sei dizer se sou mocinho, coadjuvante ou vilão.
Acredito que todo mundo tenha um pouco de todos.
Como já disse, a vida tem altos e baixos.
Uma hora protagonizamos uma cena, outra somos só mais um no set; ou então estamos lá sendo os carrascos irritantes e indesejáveis.
Só posso dizer que estou tentando fazer o melhor.
E parece está dando certo.
Tudo, pelo menos por hora está entrando nos trilhos.
Perfeitamente ajustado com o roteiro que eu mesmo estou fazendo questão de escrever.
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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Impotente...

O sentimento de impotência se estabelece quando nem percebemos.
Impotencia em todos os sentidos. Diante da decisão, da vida, do fato de que nem sempre podemos escolher ou mudar algo que já foi feito. Impotencia, enfim.
Digo isto porque sei bem do que estou falando. É como dar um conselho, cheio de empáfia, tendo certeza do resultado final daquela experiência; quando vemos alguém próximo se ferrar feio,  tentamos avisar, ele não ouve. No fim de tudo, estamos lá pra dizer: - eu avisei, você não quis me ouvir. 
Bem isto, para ser bem preciso.
Falo da questão do controle, de nos sentirmos donos do próprio destino e do fato de que, de um modo irritante, algo sempre acontece para tirarmos o rei da nossa própria barriga.
Nunca acreditei muito nisto, mas hora ou outra me acho um grande pagador das coisas que falo. Sempre queimo minha língua e percebo que estou fazendo coisas incoerentes com as que ando pregando por aí. Percebo que não estou sendo muito sensato de acordo com o que espero de mim mesmo.
Inclusive com meus próprios pleonasmos.
Então me isolo e me sinto muito sortudo, de modo irônico, por ser tão carregado de drama.
Tenho um teoria de que propensão pra drama possa ser algo genético. Por exemplo: Na minha família, as pessoas são muito dramáticas. Problemáticas. Erráticas... E outras "áticas" que houverem na língua portuguesa. Quase como uma proporção matemática, puxei esse "gene" estranho. O do drama.
Sei dramatizar como ninguém. Sei pegar cada sentimento meu e transformar num jogo de caracteres desordenados simplesmente para fazer com que eu mesmo me entenda. E pior. Sei fazer tudo isto sem vergonha de sair mostrando por aí. Com sede de que me leiam; com sede de que, de uma maneira, não sei eu qual, achem isso muito aproveitável.
Então volto a sentir impotência. Porque, por mais que eu queira, isto não está sob meu controle, nem mesmo está ao meu alcance fazer com que tudo que ando sentindo se acabe. Fazer com que toda essa impotência se converta em determinação. E é aí que eu chego ao ponto, o que queria chegar desde o princípio. Disse eu: - Não vou mais correr atrás de um alguém. Mas não foi uma frase jogada como todas que falamos ao longo do dia, curta, simples. Incapaz de ser lembrada segundos após proferida. Não foi nada assim. Como sempre, foi muito carregada de drama, em toda a pronúncia -  muito determinada e nada impotente, nada mesmo. Nada naquele momento parecia ser impotente. Até que as horas passaram-se e o que fiz foi esquecer toda a minha pregação de que seria dono do meu próprio destino e joguei tudo pelo ralo, fui e corri atrás do tal alguém e quebrei a cara.
Então está aí a tão irritante impotência. 
Quando nem percebemos, ela chega e nos abate.
Quem sabe um dia eu não seja tão vitima dela, como venho sendo ultimamente.
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quarta-feira, 15 de junho de 2011

poder da decisão

Hora ou outra na vida, temos o poder da decisão.
Não é bem quando temos que nos afastar de alguém, ou algo inteiro, sem a opção de não escolher.
É diferente no sentido de que podemos ponderar diversos prós e contras.
Vai ser bom, vai ser ruim?
Sempre me sinto covarde quando a decisão se refere a se afastar de alguém que não está me fazendo nada bem. Parece que todo esse sofrimento é quase viciante, capaz de me deixar ver algo de bom em tudo isso, algo de bom em apenas estar perto, sofrendo sem causa alguma. Sofrendo de graça, como costumo dizer.
Já tive de me afastar muitas vezes de pessoas que amo, mas dessas vezes não pude escolher.
Fui apenas vitima do acaso que me guiou ao seu bel prazer.
Fui vitima do nunca.
Nunca, quase nunca tive esse poder.
Mas sempre vejo algo gratificante, parece que todo o sentimento doentio acaba dando espaço as lamentações e essas ao esquecimento. Chega uma hora que só me resta saudade e por fim indiferença.
Sempre mesmo, sempre tive de esquecer de um modo quase obrigatório.
A diferença é: Desta vez o poder está em minhas mãos e eu me vejo nessa questão toda de medo.
Será que vou suportar estar longe?
Será que todo o sofrimento vai passar?
Será que vou esquecer logo ou vou gostar ainda mais?
E as pessoas que eu também amo? 
Por que estou as deixando de lado e pensando somente naquilo que está me fazendo mal?
Será que essas pessoas também não contam?
As vezes parece que deixo tudo e todos de lado. Me coloco como protagonista de uma novela dramática e que se danem os coadjuvantes. Meus coadjuvantes, meus amigos que me entendem de uma maneira surpreendente. E que todo esse carinho não é retribuído por mim, quase nunca.
O que me faz pensar que estou sendo egoísta.
Mas quando eu realmente entender o que está se passando, olhar pra dentro de mim e ver que essa pessoa não vale tanto a pena, talvez consiga conviver em paz com tudo e todos.
Somente eu.
Pelo menos desta vez, eu tenho tudo sob controle.
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sábado, 11 de junho de 2011

Gostar...

É bem difícil fazer com que me levem a sério.
Não digo isto por que me acho um “crianção” sem causa.
Digo porque tenho noção de tudo que faço.
Até me estresso bastante com muita coisa que nem deveria, e não me importo com outras que, pelo contrário, deveriam me causar revolta.
Ás vezes me tacham de louco e meio idiota, sem noção; mas é algo meu e que, com toda certeza, nunca irá mudar. Nem mesmo quando, provavelmente, eu fizer 80 anos de idade.
Continuarei assim, do meu jeito, sendo sempre o mesmo como de hábito.
Embora todo este discurso pareça velho, é assim que eu sou; mas não necessáriamente significa que eu não tenha sentimentos, que eu não me importo com os outros, ou até com os meus próprios sentimentos. Eu sou como qualquer outra pessoa. Como aquele que parece ser duro demais, mas, no fundo, ama alguém e sofre por esse alguém ou é feliz com esse alguém. No fundo, todos são um pouco parecidos nestas questões. As questão chatas; as questões do coração, para ser mais preciso.
Acontece que estou apaixonado.
E digo:
Paixão é algo avassalador e nos faz cometer algumas insanidades.
Quando me apaixono por alguém, faço de tudo para estar perto.
Quando estou perto, parece que tudo está perfeito.
Quando tudo está perfeito, parece que algo acontece pra estragar a felicidade abstrata.
Sou de gostar e não falar muito, nem ouso em pensar em declaração de amor e coisas do tipo.
Sofro em silêncio e até já me acostumei com isto.
É meio que aquela lei: Tenho quem me quer, mas não quem quero.
E tudo parecia estar correndo bem.
Estava perto de quem eu gosto.
Tudo parecia perfeito.
Até que algo azedou tudo, seguindo o cronograma da minha vida.
Parece ser sempre tudo muito igual.
Azedou no sentido de que nada, agora, parece fazer sentido.
Nada do que conversamos hoje, no estágio em que estamos, soa como antigamente e nada que eu faça ou deixe de fazer parece mudar toda essa situação caótica.
Não é que eu queira começar um relacionamento.
Não é nada disto.
Não estou me importanto nem um pouco com a “relação” em sí. Estou preocupado na verdade com toda aquela sensação boa que eu sentia no começo de tudo, aquela coisa infantil, as brincadeiras que, agora, parecem ter dado espaço as discussões, ao mau humor, as rixas.
Eu não quero nada disto.
Eu só quero viver em paz, gostar em paz, sofrer em paz, mas sofrer sem ter de me preocupar com os próximos capítulos que são: Será que vamos nos dar bem hoje? Será que eu fiz alguma coisa de errado? Por que essa pessoa está me tratando assim?
É só isso que eu quero: PAZ!
Ou esquecer de vez e partir pra outra.
Quem sabe numa próxima vez, eu encontre alguém que saiba brincar de gostar de uma maneira menos dolorosa.
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O dia "d"

Resolvi postar um texto que fiz num momento desses que comumente passamos.
Eis ele:

O dia em que nem a gente mesmo se entende sempre acaba chegando, e, com ele, uma chuva de incertezas, inseguranças e outros sentimentos não muitos bons de serem sentidos. Não pelo menos por alguém que gosta de estar sempre numa posição de conforto. Pelo menos, eu odeio me sentir assim - isolado e fora do enquadramento; praticamente uma sobra muito fácil de ser editada e que, cruelmente ou não, não faz falta alguma para aqueles que observam.
O meu dia chegou. Mas posso dizer agora, tambem, que ele passou. Talvez, não tenha passado ainda, justamente por que ainda estou sentindo todos as consequencias e repercurssões dele. Estou, na verdade, sentindo minha vida um pouco desajustada com o que sempre planejei e agora posso dizer que por mais que se tenha a certeza de que se sabe de tudo, no fundo, no fundo, não se sabe de nada. Talvez, se tenha tanta certeza de que a vida será sempre igual, perfeitinha, monótona, linear, até um acabar sendo assaltado, ou esquecendo algo muito importante, ou se atrasar pra outro compromisso mais importante ainda. Então se vê numa situação nada agradável que é: a sensação de que não é nada, diante da vida, do destino; e que ambos podem te colocar em qualquer lugar que seja, quando quiserem, na hora que quiserem.
As minhas pretensões já não são muito válidas a tempos. Não no sentido de que penso coisas não muito aproveitáveis. Digo no sentido de que por mais que eu ache que as coisas serão perfeitas, no fim acontecem casos e acasos, não muito afortunados, que alteram todo o rumo que eu pré-determinei de certa forma. Como no dia em que eu esperei uma fatidica ligação, ou fui até a faculdade somente pra ver meus amigos e no fim das contas eles pouco ligaram pra mim. Como quando achei que minha mãe nunca descobriria um ato infantil que eu cometi – uma baderna com meus amigos sem que ela soubesse - e ela acabou descobrindo, ou como quando achei que nunca me comportaria como uma criança e, sendo sincero, o que mais faço é me comportar como tal.
Parece que cada dia estou apredendo mais com a vida e não importa o quanto eu viva, estarei sempre nesta posição de mero ser humano que vive e aprende com o tempo. Porque bem sei, por experiencia própria, que as pessoas se acham um pouco donas da verdade. Mas hoje posso dizer: Só vivendo pra saber que não sabemos de nada e que somos apenas peças de um jogo movido por uma força maior que comanda toda essa rede de relações.
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domingo, 5 de junho de 2011

Diálogo da ligação esperada...

- Será que liga?
- Talvez sim. Como você se portou?
- Normal, quer dizer... Não sei se causei uma boa impressão.
- Fala sério.
- Estou falando sério, não sei mesmo!
- Tá. Sempre rola dúvida nessas horas. Mas me diz, sobre o que vocês conversaram? 
- Sobre livros e afins...
- Nossa!
- Algo errado?
- Papo chato, né? 
- Chato?
- Você sempre com essas manias de tá conversando sobre livros e afins, músicas, coisas que ninguém conhece e que todo mundo acha super estranho. Tá na hora de se avaliar um pouquinho e sair dessa caixinha careta e previsível. Né?
- Sou previsível?
- Ás vezes.
- Não mente.
- Está bem. É previsível sim. Até demais.
- Como? Bem... Eu não sou tão previsível.
- Bom... prefira então acreditar que sim.
- Não sou mesmo.
- Quer que eu te diga o quanto você é previsível?
- Claro que sim e sei que não vai ser bem sucedida nessa tentativa.
- Bom, não sou eu que acorda super tarde todo dia depois de uma noite inteira na internet lendo porcarias baratas e escrevendo contos de auterego. Nem sou eu que prefere "amorangado" e odeia achocolatado. Nem sou eu que odeia chocolate preto e adora branco. Também não sou eu que não curte coca-cola e adora guaraná, sendo que a metade da nação sente repulsa por esse sabor. Não sou eu que adora musicais e séries norte americanas, nem tampouco lê somente livros de escritores internacionais - o que cá pra nós é um tanto errado, afinal, onde está o espírito ufanista nisso tudo? Também não sou eu que se apaixona pelas pessoas sem nem saber ao certo que se apaixonou e quando se dá conta do fato, cai no choro achando que o mundo está acabado. E pior ainda, não sou eu que adora tudo que está relacionado as áreas das humanas e mesmo assim finge adorar matemática só pra se convencer de que é capaz de lidar com aquilo que sempre foi uma pedra no seu sapato. Acho que tem mais. Não sou eu que adora se isolar, que odeia dançar, que odeia pagode, que odeia baderna, mas ao mesmo tempo adora união e companheirismo. Não sou eu que faço de tudo pra que essas duas coisas andem separadas, o que as vezes é impossível, por que amigos adoram baderna e bagunça e isso te deixa irritado e confuso. Não sou eu que sonha demais e age de menos e deixa as chances boas passarem por acreditar que não é capaz o suficiente. Aí caí na cama e se esconde atrás de um livro imenso que mais parece um tijolo com páginas, então deixa a vida passar diante dos seus olhos com um conformismo irritante. Então, nem preciso dizer mais tanta coisa, que acho que já foi o suficiente pra provar a teoria de que você é previsível, pelo menos por hora.
- Ah, tá! Confesso! Eu sei que sou assim, mas deu pra perceber tudo isso num encontro?
- Bem, se você foi tudo isso, acho que sim.
- Mas não seria legal se alguém gostasse de mim justamente do jeito que eu sou?
- Até que seria, mas...
- Mas o quê?
- A gente vive numa época em que nada faz sentido. Ás pessoas são muito utópicas, falam de mais, pregam de mais e praticam de menos.
- Mas e a parte de que o amor é cego, não vale?
- Amor? Num encontro?
- Por que não?
- Não é conto de fadas.
- Também não é de terror, né?
- Bem..
- E a parte de que as pessoas devem gostar das outras como elas são?
- Isso tudo é utopia, como já disse.
- E a parte de que devemos nos valorizar?
- Se o termo "valorizar-se" significa espantar as pessoas com o seu jeito natural de ser, então, acho melhor tentar assumir um personagem e viver atuando a vida inteira.
- Não acho que deva ser assim.
- Alô! Acorda! É a assim a vida meu bem, disponha se quiser!
- Quer saber de uma coisa?
- O quê?
- Não acho que precise ser assim.
- Sei... mais utopia por hoje não, né?
- Não, não se trata disso. Só quero dizer que não vou mudar o jeito que eu sou só pra agradar alguém. Não vou deixar de ser eu só pra fazer com que alguém se sinta bem. Não vou me deixar levar pela loucura de ter alguém do meu lado. Se ter alguém significa abdicar da minha maneira de ser, então prefiro ser eu. Assim, como sou. Cheio de defeitos, erros, estranhezas e brincadeiras fora de tempo. Prefiro ser eu. Completo. Não uma versão editada pra agradar a maioria. Não sou um filme que pode ser cortado em vários trechos, somente pra fazer com que todos pensem que aquilo é perfeito como parece ser. Eu sou assim, eu sou errado, mas o errado pode ser certo. Alguém pode pensar como eu.
- Bom. Belo discurso, mas não me convenceu.
- Mas acho que convenceu alguém.
- O quê?
- Meu celular acabou de vibrar.
- O que isso significa?
- Mensagem de texto e nela diz: Adorei de conhecer, ligo em breve.
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sábado, 4 de junho de 2011

Sofrendo por amor

Já dizia alguém: Há males que vem para o bem.
Alguém que com toda certeza já passou por alguma situação frustrante e no fim dela aconteceu algo recompensador, meio que como um bônus para todo o sofrimento que lhe fora imposto.
É até meio estranho da minha parte falar assim.
Dizem que tudo que faço ou falo soa como uma total estranheza.
Há quem diga que ser normal é ser assim, do jeitinho que eu sou.
E há quem olhe pra tudo isso com olhos de desdém.
Acontece que ontem foi o dia que eu planejei pra ser o dia do ano (nem sei ao certo o porquê), talvez por inocência ou por falta de vivencia, embora me ache o sabichão das coisas e dono da razão em certas ocasiões. Algo que não é tão difícil de se ver hoje em dia. Sou aquele tipo que não viveu nem metade de uma vida e ao mesmo tempo se acha mais experiente do que aqueles que já viveram  uma vida inteira. Então, não muito difícil de prever, aconteceu algo inesperado e esse algo colocou toda a minha felicidade de lado. Trouxe a tona toda  a minha tristeza e me deixou muito, muito pra baixo. Mesmo.
Gostar de alguém nem sempre é fácil. 
Especialmente quando esse alguém não gosta de você e nem faz noção disso.
Ou então, quando esse alguém faz noção disso e não está nem aí para o fato.
Gostar de alguém requer muita paciência, coragem e sorte.
Paciência porque por mais que haja amor numa relação, nela sempre tem altos e baixos que colocam tudo em questão.
Coragem porque nem sempre sabemos o que pode acontecer, coragem principalmente pra enfrentar tudo e todos, inclusive o próprio medo de tentar fazer dar certo.
E sorte porque ela sempre faz com que as coisas boas aconteçam na hora certa.
Sorte ou azar?
No meu caso, não houve coragem, paciência, nem tampouco sorte: Azar, para ser mais preciso.
Azar por ter visto alguém que eu amo com outro alguém. E esse alguém fazendo pouco de mim. E esse alguém zombando do fato de saber que eu detenho desse sentimento estranho e chato em relação a sua pessoa. E esse alguém fazendo de tudo pra provar pra si mesmo que não estava ligando pra o fato de que outro alguém (eu), que o ama.  estava sofrendo de um modo absurdo por ver tudo aquilo acontecer.
Esse alguém então começa a se sentir, hipoteticamente, o coco do cavalo do bandido, em termos pejorativos, e se isola ao seu modo num casulo de sofrimento e então chora num quarto escuro sozinho ouvindo alguma coisa (chata para os outros, mas ótima para ele) que faz com que ele mesmo se entenda. Esse alguém só queria sumir, se enterrar num buraco profundo e sentir toda a terra penetrando seus poros, fazendo com que não houvesse mais nada além de seu corpo sem vida. Esse alguém  só queria chorar ouvindo aquilo que o agrada, então, o alguém,  detentor da culpa,  surge e tenta fazer algo certo. Mesmo tendo consciência do que havia provocado.
Pisar sempre é bom. Ser pisoteado, pelo contrário, deixa cicatrizes imensas para aqueles que tem de carregar as marcas pro resto da vida. Geralmente quem bate esquece, quem apanha guarda aquilo consigo. Então, esse outro alguém, sendo totalmente oposto ao que deveria ser, percebe que nada daquilo faz sentido e de uma maneira inesperada, reage ao calor da situação e volta a vida; esse alguém percebe que tudo que imaginou, não passava de fantasia, então esquece tudo o que pensou e volta a pensar nele mesmo.
O que esse alguém não podia contar era com o fato de que o alguém, provavelmente certo para ele, pelo menos naquela noite, só estava esperando o momento certo de surgir.
Mas esse alguém sabe que nada daquilo foi tão bom o suficiente quanto seria se a pessoa que ela realmente amava estivesse ao seu lado.
Por hora, esse alguém estava satisfeito com tudo aquilo.
E por hora, nada poderia abalar sua felicidade estranha.
Felicidade essa: Um misto de dor e alegria.

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quinta-feira, 2 de junho de 2011

então a preguiça tomou conta...

virei pó e o vento levou tudo.
talvez isso justifique um pouco da ausencia...
queria poder falar as coisas sem ter de explicar tudo, por isso deixo a critério...
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sexta-feira, 13 de maio de 2011

resmungos

Raiva. O blogger ontem resolveu entrar num momento de “DR” interna e nem me avisou. 
Não avisou ninguém, assim espero. 
Ou até nesse espaço as coisas também funcionam na base do “é parente de quem?”
A vida é mesmo meio injusta. “Ah, ele é filho daquele fulano?” Perguntam, diante de uma resposta positiva, deixam passar. Não sei por que essa coisa de ser filho de um sujeito fodão muda tanto seu status diante de alguém. Isso é tão sujo.
Quem disse que era pra ser limpo?
Resmungar não adianta nada. Enquanto me contorço de raiva com algumas burradas cometidas por mim, a vida passa e pareço mais louco que o habitual.
Por hora é o que preciso dizer...
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segunda-feira, 9 de maio de 2011

tentando tomar um susto.

Um grupo de jovens problemáticos e cheiros de hormônios se reúnem para assistir uma partida final de futebol. Antes de chegarem ao local desejado, acampam por uma noite, num indesejado, e no dia seguinte ao acordarem percebem que o carro está quebrado. Sem solução alguma em mãos, pegam carona com um visível psicopata (mas isso não os impedem de seguir adiante) que deposita restos mortais de animais num buraco no meio da floresta. Os personagens são bem definidos. A mocinha gostosa, a melhor amiga (e seu namorado idiota), o namorado da mocinha e outros sacanas... O final é obvio. Algum maníaco, psicopata que sofreu na infância por algum motivo, e que agora quer descontar tudo em pobre inocentes, começa o massacre e só resta um ou dois, no máximo três, personagens nesse circo dos horrores.

Filme de terror sempre parece mais do mesmo. Parece que a gente sabe tudo o que vai acontecer e não há nada que faça mudar essa sensação de Déjà Vu que sentimos sempre que tentamos ver um. A Casa de Cera foi a inspiração inicial da narração acima, mas apenas inspiração pra lembrar do quão idiotas, os produtores de filmes, acham que somos. Os personagens parecem burros, completos idiotas que saem por aí sabendo que há um assassino, ou então, ouvem um barulho e vão ao encontro da morte. Todos sempre marcados. Já sabemos na maioria das vezes quem irá morrer e nem nos importamos, o que nos alivia é saber que o mocinho e a mocinha sempre se salvarão. Pelo menos isso né?

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uma maneira de entender sociologia

Então. Eu tava lembrando de uma aula que tive de sociologia, e como não tinha nada de melhor pra escrever aqui no blog, resolvi captar o sentimento, ou a intenção do sentimento, que o professor quis passar quando falou tudo aquilo. Do que é ser infeliz quando crescemos e percebemos que somos apenas mais um no meio de tantos. De todos.

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Um dia a gente é pequeno e na inocência da infância nos entendemos como gente de fato. 
Então nos descobrimos, nos entregamos ao conhecimento que é viver cada dia ao seu modo. 
Um dia a gente passa por tudo isso. Um dia a gente passou por tudo isso.
Todos passam. Todos...
Todos já passaram um dia... 
Se viram caminhando numa rua e então, naquele estalo, tudo começou num start sem volta em nossas cabeças.
Nesse processo todo, a vida parece simples. Tão simples. Queria eu poder discordar. Ela é! Nós é quem complicamos. Vivemos cheios de regras, restrições, doutrinas. Fôssemos mais práticos, menos intolerântes e preconceituosos com atitudes minúsculas, seriamos mais felizes. Isso pode, isso não pode. Aquilo pode, aquilo não pode. Meros robôs jogando sem escolha própria numa rede de relações, convivência. É um conjunto tão certinho e imposto que nem chegamos a discordar. Aceitamos apenas. Há aqueles que se recusam ser o que devem ser, então se revoltam. Rebeldes sem causa, diriam. Embora, sua causa seja perfeitamente entendida por alguns.
A gente vive tudo isso e então percebemos que não somos nada. Não adianta querer mudar o mundo...
Aqueles que tentaram não conseguiram, ou até conseguiram, mas com muito custo.
Parece mais confortável tentar nos encobrirmos, calarmos diante do que não nos agrada, porque nada, nem nossa boa vontade parece suficiente pra fazer com que todos concordem conosco. Concordem que a culpa toda é nossa - do conjunto.
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sábado, 7 de maio de 2011

Pastel, pastel...

O dia foi isso: Eu acordei e meu padrasto me avisou a tempo que Maria já estava indo embora com Nayane, sua irmã. Lentamente fui até o portão, lutando contra o sono latente e a tempo pude alcançá-las.
Não tem nada pior do que ir a casa de alguém e descobrir que esse alguém está dormindo. Pior ainda se você combinou com o sujeito no dia anterior. Parece que a pessoas não quis te receber e inventou a desculpa mas deslavada no mundo. Não queria causar essa impressão. Nunca. Tudo bem. Já o fiz, mas não com minha parceira, né?
Eu deveria estar acanhado. Receber duas pessoas em casa após ter acordado não é lá tão fácil, mas por incrível que pareça, continuei lá, agindo naturalmente como se tivesse conversando com a minha mãe.
De cara, percebi o dominó das mãos de Maria e quase surtei. Já não basta durante a semana naquela faculdade, ainda teria de aguentar esse jogo aqui em casa em pleno sábado? Felizmente tive o apoio da irmã dela. Mas foi só isso. Conversamos muito. Muito mesmo. Algumas horas até sairmos daqui em busca de comida. Comemos pastel sem recheio, ou seja, casca e em seguida fomos até a pastelaria aqui do bairro em busca de um pastel de verdade. Pena que durou pouco. Foi bem aí que Maria teve de ir embora e acabou a orgia gastronômica.
Fica pra próxima.
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Dormir e acordar

Então eu dormi e acordei.
Quando era pequeno, eu tinha a impressão de que dormir fosse fechar os olhos e abrí-los em seguida. Num passe de mágica tudo estava claro. Acho  na verdade, que, quando pequeno, eu tinha um sono pesado. Desses que nos fazem mesmo ter essa impressão das coisas. De que tudo é tão rápido.
Então isso aconteceu hoje.
No dia anterior Maria havia dito: - Passo aí amanhã!
Eu respondi: - Ok!
Dormi. Acordei. 14h00 mais precisamente com uma voz "hush hush" sussurrante e comecei a despertar. Alguém estava justificando o meu sono eterno "hibernação" e essa pessoa era o meu padrasto. O receptor da mensagem era Maria. Aí eu tive aquela sensação de que tinha piscado e que num instante o tempo tinha passado.
Foi bom. Poupou a ansiedade.
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terça-feira, 3 de maio de 2011

Sem sono, deu sono.

03h45. Ponto. Hora parece estar virando uma ótima maneira de começar um texto, desses da falta de sono. Dos meus na verdade. Meus textos pouco difundidos, mas que servem, e muito, pra aliviar a tensão da insônia. Insônia na maioria das vezes voluntária, se é que tem como. Mas um dia saberei explicar a mim mesmo que existe um porquê pra tudo isso. Até minha mãe parece estar seguindo meus passos. Meio oposto ao que deveria ser, mas tudo bem. Os pais são os espelhos, os filhos os reflexos. Bem. Século 21 estamos , então, nem preciso dizer que está tudo as avessas.
Domingo foi péssimo. Mas sábado foi melhor. Nem tanto, mas houve mais disposição da minha parte em relação ao quesito: tomar atitude para alguma coisa. Pensei: Não estou fazendo nada, não tenho ninguém em mente pra chamar pra fazer alguma coisa, então, vou dá uma de irmão prestativo e  levar o meu irmão, pequeno, pra quebrar o tédio dele. Boa idéia. Parece que só ganho dinheiro quando minhas ações estão relacionadas aos meus irmãos. Tipo: 
- Preciso sair, preciso de dinheiro! - digo.
- Não tenho dinheiro, deixe pra outro dia. - respondem.
É quase rotineiro isso.
Aí aquela luzinha acende.
- Pensei em levar Gabriel ao cinema. - sugiro.
- Ótima idéia! Vou arrumar ele! - respondem satisfeitos.
É basicamente isso. Então, tudo deu certo. Não em tese. A tese dizia que iríamos ver a nova animação intitulada Rio, que os gringos resolveram fazer pra valorizar o nosso país. Mas, pensando bem e deixando de lado o que eu pretendia fazer, agora me veio em mente uma coisa que até então não tinha percebido: OS GRINGOS PARECEM ESTAR MUITO INTERESSADOS NO BRASIL, NÃO? Sim! Olhe. Outro dia li uma dessas reportagens veiculadas no google e nela falava, justamente, sobre a Vostu - uma empresa de jogos em rede, mais conhecida por fornecer seus serviços ao orkut. A reportagem me chamou a atenção, por que mostrava claramente que entre tantos países a serem escolhidos, o dono Gringo escolheu justamente o nosso pra dominar as cabecinhas e fazer dinheiro. Pode? Aí vem em seguida os caras lá que produziram A era do gelo e fazem uma homenagem ao nosso país assim de graça. Isso soa até estranho. Será que a idéia que faziam sobre nosso país mudou lá fora? Bom. É o que está parecendo.
O que parece é que fui dominado pela onda dos jogos da Vostu. Primeiro a Mini Fazenda que me fez perder boas horas de mente livre de preocupação, depois o Café Mania e em seguida o Mega City.
Agora, voltando ao tema que é: Minha vida em poucas palavras. Não deu certo ver o filme porque olhei errado o catálogo de sessões e Rio não passava naquele horário. Foi trágico. Meu irmão estava realmente afim de ver o filme e não me deu sossego. Por sorte o enrolei com Sunday e outras coisas...
...
Parei de escrever porque deu sono...
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terça-feira, 26 de abril de 2011

sem dormir

Muito, muito cedo. Mas também, muito, muito tarde. Nem dormi ainda, por isso posso escolher como melhor dizer. Então, digo que estou morrendo de sono e já não importa muito que horas são. Esse é o mal de quem sofre de insônia e só consegue dormir quando amanhece o dia. É foda. Literalmente foda. Fodida.
09:53. Já tá quente e meus poros deram sinal de vida. Tudo bem, passou aquele friozinho da noite e voltou o calor infernal, aquele mais conhecido de quem mora no nordeste. Melhor ainda, no sertão de Pernambuco. Não bastasse todo aquele discurso de que o mundo vai acabar, que a mãe natureza está tomando suas devidas providencias e blá blá blá; Não bastasse tudo isso, ainda vivo no lugar que é referencia de inferno na terra. Pode? Claro que pode, só vivendo, provando do empirismo pra ter certeza que pode sim. Digo eu agora: Que sortudo que eu sou, muito sortudo. Um parabém pra mim e todos os ferrados "geograficamente".
Não dormir me deixa evidentemente zangado e confuso, além de reclamão. Especialmente quando não posso dormir. Explico: O tal feriadão ferrou com o meu ciclo do sono. Nos últimos dias, estava acordando tardão. Menor que cinco e maior que três da tarde, como uma representação matemática, mesmo. Acordando tarde, crio outro horário pra dormir. Isso significa dizer que só dormirei muitas, mas muitas horas mesmo depois que acordei. Mais do que seria o normal. Então me ferro todo. Tenho que arrumar formas de regular meu relógio quebrado, e, perder uma noite de sono é uma delas. Mesmo que isso venha carregado de consequências. Como por exemplo: O besteirol diário que falo parece se multiplicar por quatro e aí não para mais.
O incrível é que, mesmo com os olhos se fechando sozinhos, eu arranjei disposição pra ouvir música internacional que eu ainda não conheço. Ou seja, se gostar, terei que ouví-las umas 50 vezes até pegar a letra. É quase uma obrigação, ter a música na ponta da língua. Vai entender. Era isso que eu estava fazendo agora pouco. Ouvindo um pouco de Bruno Mars, My Chemical Romance e Selena Gomez. Oi? Que mistura é essa? Quem me entende? Pra que definir um gosto musical só se eu posso gostar de vários?

Agora são 10:08. Até que meu sono parece ter passado. Se eu fosse adepto da cafeína, estaria abusando desse "benefício" neste exato momento. Agora pouco estava escrevendo um texto pra enviar pra todas as pessoas do meu orkut. Só pra fazer uma média mesmo, mas não saiu nada que preste. Irei postá-lo aqui. O texto me veio de inspiração lendo um texto que escrevi aqui mesmo, mas que nesse exato momento estou totalmente indisposto pra procurar. Então vai:


Recado aos que acham que o mundo gira em torno deles mesmos. Trocando em miúdos: O UMBIGUISMO OU CRISE DO PROTAGONISMO.

Somos humanos. Somente por isso, estamos destinados a sermos meio maléficos. Por que achar diferente? Por que achar que o mundo gira em torno do seu umbigo? E que tudo e todos estão contra você? Talvez não tenha passado pela sua cabeça que as pessoas possam estar ocupadas demais para sequer lembrar da sua existência. Perceba. Nada de "crise do protagonismo" onde o mocinho acha que está sob eterna mira do mauzinho, se colocando sempre numa posição de vítima. Olhe: Cada um tem seu lado conflitante. A vida não é uma obra de José de Alencar, nem chega perto disso. Aliás, linearidade é algo que só se vê, e olhe lá, na literatura!


Cara. Não sei o que me deu. Me deu uma vontade imensa de escrever hoje. Mais do que nos dias anteriores. E daí estou lembrando das coisas que aconteceu hoje. Sim, porque se ainda não dormi, só pode ser hoje ainda. Estou parado no dia 25/04 e enquanto não dormir, terei a impressão de que ele ainda não acabou. Falar em data, inclusive, me faz lembrar do meu mural e que meus calendários estão datando ainda o mês de março. Pra ele, ainda estou lá no mês de março. Parei no tempo...

Então é assim. Dá e passa. Passou.
Outra hora volto a escrever.
 PS: 10:20. Decidi postar o recado no orkut. Será que alguém lê?
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