sábado, 26 de fevereiro de 2011

Conversas fictícias de msn.


Diálogo com uma pessoa normal:

[...]
Fulano diz:
*Vc bebe?
Cicrano   diz:
*Não.
*Apenas, suco e água (:

Diálogo com a Bruna Surfistinha:

[...]
Fulano diz:
*Vc bebe?
Bruna Surfistinha   diz:
*Sim.
Fulano diz:
*Não acredito que vc bebe, to chocado.
Bruna Surfistinha diz:
*Não se choque meu amor, afinal, já engoli coisas piores! Fik a Dik
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Sexta...

Ontem teve um duelo de egos e momentos de conversas jogadas fora. Teve bolo de chocolate não comido e muito tempo perdido. Teve um marasmo só. Chovia e esse pareceu um bom pretexto pra não sair de casa, se entocar no meu casulo, mas não o fiz. [...] Choveu por volta do meio dia, mas por sorte estava voltando pra casa e deu a sensação de que era domingo. Ou sábado... De uma hora pra outra o tempo mudou e eu ouvi o cara lá metido a intelectual dizendo que: “o clima mudou”. Bem, minha professora de geografia dizia que o clima nunca muda... Enfim, deixemos a observações de lado, pq ontem teve mais do mesmo e isso não vai mudar hoje, a não ser que eu crie uma página fictícia e misture realidade com fantasia. Seria até legal...Mas... Hum... Melhor não levar essa idéia adiante.
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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Preciso terminar de ler...

Estou parado nas páginas finais de um livro que pretendo terminar de ler. Um dia, talvez, como numa noite dessas, ocorra um apagão emergencial e me faça devorá-lo com a lanterninha do celular. Uma coisa meio século tal, onde as pessoas queriam conhecimento e liam na calada da noite, com o suor pingando na testa; como se estivessem cometendo algum pecado imperdoável. Talvez isso  me faça focado nas páginas amareladas. Ou. De um modo obrigatório, talvez, novamente, eu volte a ler com mais prazer, como quando consumia um exemplar inteiro repleto de palavras sem compromisso algum.

Parece que leitura, pelo menos comigo, só funciona quando deixo tudo que tenho pra fazer de lado. Quando  abstraio das responsabilidades e não penso muito nas consequências desses atos; 


Sou admirador de gente máquina. Era o que eu queria ser na verdade. Gente brilhante, faz tudo, sabe de tudo. Admirável. Bem que queria ser assim mesmo, meio robô, meio máquina... meio andróide, mas não sou multifuncional, não sou um super CPU, capaz de executar milhares de funções. Considero impossível, pra mim, fazer tudo ao mesmo tempo e sinto a necessidade de parar pra dar ênfase a outras coisas, como se o meu cérebro não fosse programado pra mais de 1 atividade só.

Estou torcendo pra que ocorra mesmo esse apagão emergencial. Só assim, posso usá-lo de desculpa pra esquecer o que tenho que fazer, enquanto termino de ler o livro parado. A metáfora mais clara de que eu tenho o que fazer. Quando voltar a lê-lo, terei a certeza que a minha lista de obrigações se esgotou.

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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Cuidado com a... Clemilda, Clemilda te pega...

Tive medo: Da Clemilda que dormia debaixo da cama do meu tio.

Imaginava-a debilitada. Madeixas brancas, olhos vermelhos, pele flácida.
Enferma, feia e pálida.

A Cuca não me assustou, não pelo menos no consciente, onde tudo é mais claro, definível, decifrável. A Cuca não teve esse poder sobre mim, não passava de uma palavra jogada, sem importância, relevância. Apenas um nome sem qualquer influência. Algo que não me fez intimidar diante da hiperatividade da idade. "A cuca vai te pegar" Nem chegava a fazer cócegas, não fedia, nem cheirava.

Surgiu então a Clemilda, a moça que morava debaixo da cama do meu tio. Ficcional, inventada e bem original. Ela era só minha, só eu a conhecia. Repetida várias vezes pra fixar, criada pra suprir a incapacidade que a Cuca tinha de me domar. Criou vida então. Repetindo-se o nome terrível, minha imaginação buscou no inconsciente o que eu realmente tinha medo e ela nasceu dentro de mim. A Clemilda - moça velha, feia e meio zumbi. A detentora dos motivos pra que os pesadelos insistissem em me assombrar, capaz, enfim, de me domar.

Tive medo dela. Fantasiei sobre ela. Sonhei sobre ela.

Clemilda virou real. Podia vê-la na minha frente todo o tempo e ficava quieto pra que ela não me levasse pra sua morada. Tinha terror. Vivia pensando sobre maneiras de não ter que passar na frente daquele quarto e sobre como podia me livrar dela.
Pra minha sorte, a Clemilda sumiu, assim como boa parte daquelas lembranças. 
Talvez, ainda esteja viva em outra mente... mas,
Pra mim, até que me provem o contrário, a Clemilda existiu...
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Gente inteligente, "einstein's em potencial..."


As pessoas têm o incomodo costume de se sentirem superiores as outras. Como aquele famoso cara chato, fulaninho de tal, que vive se vangloriando de ser o melhor em tudo. O rei da cocada preta, o que ninguém aguenta e que por mais que se queira, sempre acaba encontrando um nos corredores da vida. O famoso "politizadão", bem instruído, intelectual. Em termos mais práticos, pra que não se desperdice tantos adjetivos, o dono do mundo.


Em diferentes níveis, ou não, eles estão sempre por ai contando vantagem o tempo todo sobre alguma coisa irrelevante... Por menor que seja, estão. Isso é o que basta aqui, pelo menos para o ponto onde quero chegar.

Desse modo irritante, disseminam uma sementinha venenosa na tentativa de humilhar, ou então, sentirem-se novamente superiores, mas agora, não superiores aos pobres de cultura que vivem ao seu redor. Sim a si mesmas. Como uma maneira mais fácil de tornarem-se convictas de suas opiniões pouco inovadoras e muito, muito clichês. Talvez também, queiram se sentir superiores ao próprio comportamento, ou então, algo que venha a colocá-la numa posição confortável da sociedade "pseudo-intelectual". Gente chata que monopoliza o certo pro lado dela, que enche o saco, faz a vida parecer uma grande merda.

Outro dia vendo o reality Troca de Família, a Clara Averbuck soltou uma de suas colocações e essa me fez refletir um pouco sobre: " Não existe uma cartilha pra criar um filho, um manual pedagógico..." Do mesmo modo, também não existe o correto, nem o errado. Tudo é muito relativo. A vida é relativa. Ela é muito boa sob uma perspectiva e muito "foda" por outra e, no entanto, nenhum dos "achismos" a respeito da mesma é mais correto que o outro. Como ver reality show por exemplo. Gente assim é quase vista como uma anomalia. "Muito me admira, vc, um cara que estuda, vendo esse tipo de coisa!" A nova modinha, da sociedade como eu disse anteriormente "pseudo-intelectual" que criou a opinião imutável de que gente letrada não perde tempo com tais banalidades. Pergunto eu "Gente letrada perde tempo com o que? Com a cara enfiada num livro, assistindo documentários no Dicovery Channel ou procurando uma nova rodinha pra discutir política e economia?" Ou então ouvindo músicas inteligentes, com enfoque social, mensagens bonitinhas? Quer dizer então que pra ser inteligente não pode se permitir a nada que lhe faça feliz? Gente letrada tem que ser careta, fechada, não pode fazer sexo! Tem que ser chata literalmente? É isso mesmo?

"O lixo da TV", disse outro hoje na sala enquanto discutíamos sobre a formação de uma criança. Como a mídia pode influenciar na vida de uma em formação era o debate, não bem isso, mas migrou pra esse lado, até então, "reality" virar protagonista dessa estória toda. "Não lhe agrega em nada, não tem inteligência. Um desperdício o Pedro Bial, jornalista, escritor, inteligente!", emendou outro feliz por ter achado mais um (dos muitos), que adora criticar, pra se sentir bem consigo mesmo. São esses os "inteligentões". Pergunto eu novamente: "O que vc faz de divertido? Quantos livros leu no ano passado?"  Temo que as respostas não correspondam ao nível de empáfia que as suas colocações remetem. Isso me faz ter medo de estar lidando com gente de “aparência”, que não é nada do que tenta passar, apenas tentam manter um status. Tenho a impressão que estou lidando com "Einsteins" em potencial e que logo, logo irão fazer a nova invenção do século, enquanto se escondem nos seus casulos de informação e opinam muito vagamente em apenas 30 caracteres - muito pouco pra pessoas tão acima do bem e do mal.

Reconheço a minha burrice diante delas. "Oi, eu sou burro, vejo reality e estou manchado pro resto da minha vida." A honra de quem ver reality está hoje em dia, similar a honra de uma mãe solteira do século passado. Na lama. E faço parte disso. Enquanto, aqueles que não vêem, seguem suas vidinhas chatas, consumindo dia após dia mais conhecimento, enchendo suas cabecinhas de coisas que prestam... e falando mal de quem é feliz!
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Criança foda!

Acordo e pela primeira vez em  meses não me rendo ao vício. Tenho coisas a fazer, por isso, deixo um pouco de lado a internet e vou cumprir a missão do dia antes que a inércia gere repercussões, como se eu ainda fosse uma criança de... bem, criança é criança em qualquer idade, não há como diferenciar. Não existem rótulos que separem os comportamentos, como aqueles frasquinhos de farmácia, todos bem organizadinhos metódicamente. Enfim, como se eu fosse uma criança, apenas. Criança de 1,80 de altura, de opinião própria e cabeça feita - não pela de alguém, sim pela minha. Há quem duvide. Pra esses eu mando um beijo de agradecimento: "Um beijo, seus lindos!" Criança que toma atitudes que crianças não tomariam, que paga pra ver, dá a cara a tapa. Que não sente vergonha de dizer que ler coisas banais, ver programas supérfluos e músicas que não estão na moda, sob pena de ser bombardeado de críticas da sociedade "intelectual". E que mesmo assim, com toda essa empáfia, é visto como um tolo infantil, incapaz de sobreviver nesse mundo de cão.

Aqui vai um recadinho pra quem acha que ser criança é sinônimo de fraqueza: foda-se! Acho que agora eu deveria levar uma palmada na  boca, enfim, é muito feio criança que xinga. Não é mesmo?
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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Chove e faz calor

Hoje teve mais do mesmo, ou seja, nada demais. Estou aqui com uma vontade imensa de escrever e assunto nenhum pra compartilhar. São 22:20, estou cansado, enjoado e meio estressado. Fazem 33°C segundo o site Clima Tempo e chove, por sorte não fui pego por ela. Lá fora, com certeza está muito mais agradável do que dentro do meu "inferninho"; meu quarto mais parece uma sauna sem fumaça onde eu consigo perder algumas calorias todos os dias suando sem fazer esforço algum. Até o ar do ventilador sai quente, é como se a palavra calor tivesse sigo originada nesse cômodo...

Se eu não tivesse me enchido tanto de refrigerante durante o dia, talvez tivesse me sentindo um pouco melhor. Posso dizer que essa bebida é um veneno pra quem tem refluxo forte, faz parecer que estamos sem ar e que tudo vai voltar a qualquer momento; deitar parece ser pior do que sentar, mas como passei o dia inteiro sentado na frente do PC, no ponto de ônibus, no próprio ônibus... NOSSA, cansei de ficar sentado e preferi deitar logo, mesmo que uma hora ou outra tenha que mudar de posição, pra não sentir que irei pôr tudo pra fora. ECA! Bem nojento falar disso tudo, mas parte disso foi por culpa da minha mãe. Se ela não tivesse ligado pedindo um lanche, eu não teria voltado pra aquela lanchonete  e nem teria pedido um guaraná pra apreciar na companhia da Ana Paula. O bom é que adoro guaraná, não gosto muito de coca, mas sou forçado pela convivência a consumir o refrigerante do mal. Todo mundo adora o refrigerante do mal. Mas como não adianta chorar pelo que já foi feito, só posso ficar feliz pq tive a sorte de encontrá-la hoje, aliás, acabei de ver o comentário que ela deixou aqui no blog. 

Hoje foi dureza. Primeiro enfrentei a minha falta de paciência esperando o ônibus que parecia nunca chegar. Não fosse o Messenger do celular pra me segurar lá, teria passado a tarde inteira escrevendo algumas baboseiras. Isso não é muito difícil pra mim, é o que sei fazer de melhor. Mas o bom ou pior disso tudo não tem a ver com a espera infinita. Sim com o fato de que não tive seminário e que, por consequência, não tive que falar do Augusto Comte. O professor falou pelo grupo, pelo menos por hora salvou a nossa pele com a sua explicação, e em meio dela (digo da explicação), todo o roteiro que ele provavelmente havia planejado tomou outro rumo. Ai nos vimos conversando sobre sexo, experiências de vida e consequências de ações impensadas... Na verdade, tudo que é bom e fácil de falar, pq todo mundo tem um curso básico de vida sobre esses assuntos sacaninhas...

Foi engraçado ver como um assunto que pode ser sério e chato pra caramba, também pode se tornar legal e proveitoso. Só confesso apesar de tudo, ainda não sei quem é o Augusto Comte. Até saberia se quisesse me apegar a conceitos rápidos, desses que vemos no wikipédia, mas profundamente não. Espero que tenha paciência de conhece-lo, pq o tempo passa rápido e quarta-feira ta aí. A fatídica quarta, a que teremos que apresentar sobre ele, sem delongas.

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Narcisismo e doenças da moda...

O sujeito sentou-se e depois de alguns minutos de espera foi perguntado a respeito das horas. Como tal, bem educado, respondeu dando início a uma longa conversa.

“Legal o relógio”, disse o outro cara.

“Valeu, é maneiro mesmo né?”, respondeu ele com vergonha, afinal, que tipo de gente insiste sempre em iniciar esses tipos de conversa sem compromisso, de ponto de ônibus, filha de banco, dentista...???

“O meu veio dos Estados Unidos, é muito melhor que esse, saca só!”, retruca o outro mostrando o seu relógio, fazendo pouco do outro.

O cara logo se sente acuado, está acostumado com gente “gabola”. Quando se está acostumado com pessoas assim, é fácil, muito fácil de reconhecer um...

O que ele não sabia, era que estava lidando com aquele tipo de chato ao extremo, que faz de tudo uma competição e ultrapassa todos os níveis da chatice, o tipo chato que quer saber tudo, que não dá nenhuma trégua e que tem o rei na barriga, mas no fundo não sabe de nada. O tipo que muita gente deve conhecer e que deve odiar imaginar ter de encontrar alguma hora do dia. Como quando vc acorda e a primeira coisa que vem a mente é: “Fudeu, vou encontrar aquele idiota hoje!” E na maioria das vezes é inevitável, pq o acaso de vez em quando trabalha pra que esses encontros sejam cada vez mais constantes, como se não bastasse ter de encontrá-lo no trabalho, na escola, na casa do seu melhor amigo...

Algumas pessoas chamam isso de narcisismo e outras classificam até como doença, embora não seja mais considerado, não até ter visto outro dia aquela turma inteira do Saia Justa, que agora tem um “Calça Apertada”, conversando sobre tal tema. Nunca considerei chatice uma doença e não vai ser uma palavra “bonitinha”, e que muitos consideram pop, que vai me fazer mudar de idéia.

Enquanto indago sobre essas questões, o cara está lá sofrendo na mãe do outro. Ouvindo sobre como a luz do sol da sua casa é mais brilhante, sobre como seus olhos são mais azuis e até sobre como suas fezes fedem menos, aliás, até cheiram.

Quando falo que muitos consideram “bonitinha” a palavra, narcisismo, é porque já li em várias descrições de perfil, pessoas que assim se consideram. É quase como TOC, ou Dislexia... Esses transtornos sérios, que todo mundo diz ter e assim, acaba banalizando quem realmente tem. “Oi, hoje eu tenho depressão!”, virou moda dizer isso. E toda vez que ouço coisas do tipo, errado ou não eu digo: “Prova então, se mata, talvez assim eu possa acreditar em vc!”
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domingo, 20 de fevereiro de 2011

Mundo dos espertos...

O telefone toca e lembro que tenho tarefas a cumprir pro dia seguinte, uma só e faço cara feia, seminário de sociologia, um tédio. A ligação não tem necessariamente a ver com o fato de que a minha memória anda pior do que a de um idoso de 98 anos, considerando que não tenho nem ¼ disso tudo, posso concluir que as coisas não andam nada bem pro meu lado. Mas ela, a bendita ligação, apenas funciona como um estalo pra que eu as cumpra sem que me ferre caso ouse insistir no esquecimento quase voluntário.

Às vezes parece que faço de propósito, gosto de não ter o que fazer, é bem mais fácil do que ter a cabeça entupida de regrinhas a serem cumpridas. "Logo pela manhã trabalho, meio dia pego as crianças na escola, em seguida pago a conta de luz enquanto muita gente ta em casa almoçando, isso ajuda a não enfrentar uma fila imensa...", diz alguém com uma rotina oposta a minha. Aquela rotina básica e corrida, motivo principal pra que todo mundo se estresse cada vez mais. Gosto de não ter muito que fazer, confesso novamente e nem preciso perguntar muito pra que me digam o mesmo, a diferença é que não nasci em berço de ouro e não sou sortudo o suficiente pra ganhar na loteria, talvez se eu jogasse...

Augusto Comte, não sei muito dele confesso, apenas, pelas primeiras impressões que é um cara “mala”. Do tipo que começa por baixo, passa a perna em todo mundo e vai pro topo. Tem muito disso na vida, muita gente “mala”, que faz o gênero espertinho capaz de tudo pra se dar bem. Digo estabelecendo um paralelo muito pouco aprofundado em relação ao moço lá do positivismo. Falo do fato de que ele começou como assistente de um filósofo e depois decidiu que suas idéias também eram suficientemente boas, tal qual as do chefe. Desse modo, como minha cabeça é um pouco fértil, imagino logo diversas situações como essas, nos tempos de hoje, onde muitas crias se voltam contra o criador... Passa a perna, se dá bem...

O mundo é dos espertos e não é de hoje...

Ta aí o Augusto Comte pra provar...

Provar que é uma chatice falar de tudo isso. Isso sim! Chega a dar sono, mas fazer o que? Não canso de repetir... Dessa vez nem precisa que o telefone toque pra que eu saiba que não nasci em berço de ouro e que também não sou sortudo o suficiente pra ganhar na loteria, talvez se eu jogasse...
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Oi? Eu vejo reality!

 “Você assiste reality show?”, pergunta fulano com desdem. Mas eu sei que ele também vê, ou então, não tem nada pra fazer e mesmo assim não vê só pra pagar uma de “politizadão” como diria minha querida Clarah Averbuck, nos seus eternos neologismos,em relação ao insuportável Danilo Gentili. O tipo de inteligentão que precisa mostrar pra mundo a todo momento que assim é. “Oi? Eu sou inteligente e comigo ninguém pode!” Diga-se de passagem, um comediante de stand up. Isso parece estar vinculado a sua imagem “terno-black” do CQC “CêiQuemCê é não”, aliás, pouco ví desse programa, não faço parte da minoria culta de inteligência pouco difundida que sai tirando ondinha de quem foge do padrão que é: “Nunca veja reality” Essa é uma das regras mais bem definidas.

“Sim, vejo reality, o que tem demais nisso?”, respondo eu, mas no fundo já sei o que vem a seguir. A tal lição de moral que gente desse tipo sempre dá. É quase como a comunidade evangelica expondo de mil maneiras as teorias para que se consiga uma vaguinha no inferno. Tudo isso pra convencer um novo fiel de mente fraca a se tornar um fiel fervoroso, aquele que não segue a religião por vontade própria, apenas porque tem medo de ir pra puta que pariu, literalmente.

Enquanto isso, sigo eu, na minha perda de tempo interminável, passando os canais em busca de outro reality pouco aculturado. Tal como o American Idol, e, aqui pra nós, não se ofenda se o conhecer, mas Steven Tyler parece não ser humano. Ah, ok! Sei que não contei nenhuma novidade, tinha esquecido que ele faz parte de uma minoria que tambem tira onda de quem não ouve Aerosmith. Aquela turminha que estoura as gargantas e disputam quem consegue ingerir mais bebida alcoolica sem que algo de mal lhe aconteça.

Por fim, acho que se quiserem realmente saber de onde viemos, que estabeleçam então uma relação com esse moço. Talvez assim consigamos decifrar a nossa origem – ele está muito mais próximo da geração primata do que nós.
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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Freddie Mercury, não o prateado...

Estou eu ouvindo música, o que faço de melhor. Quando não escrevo ou leio, apenas ouço, embora escrever e ler faça parte de um processo quase parecido, intrinsecamente ligados, que ocorre comigo de tempos em tempos.

Sou de fases e junto delas meu interesse intensifica-se ou diminui. A atual se refere a ouvir bastante música que nunca tive oportunidade anteriormente...

Data é o de menos, não falo de músicas que estouraram antes do meu nascimento, ou como costumo dizer, enquanto ainda morava nos testículos do meu pai. Falo de conexão que permita o privilégio de sair baixando álbuns e mais álbuns por ai, sem que a cabeça comece a girar graças à impaciência. Odeio esperar e até hoje não encontrei fulano que discorde de mim. Neguinho gosta de dar lição de moral. “A vida é linda, vc deveria agradecer por cada segundo dela e reclamar de uma espera boba é até pecado!” Que seja, mas quando a situação se volta contra, todo mundo mostra seu alto grau de passividade diante da temida espera.

Ouço agora, Freddie Mercury, não o prateado, sim o original. Nunca pensei em ouvir nada dele, e nem tão pouco sabia de sua existência até então banalizarem sua imagem no humorístico dominical. A imagem criada para ele, e para os mais desfavorecidos de informação cultural, tal como eu, ficou gravada de um modo quase impossível de ser mudado – a voz, os trejeitos...

Então despretensiosamente, sou apresentado a Bohemian Rhapsody que mesmo não sendo uma canção convencional me deixa vidrado, me apaixono por Somebody To Love e descubro em seguida que estou no mundo do Freddie. Fico de cara, como é de se esperar. Como quando alguém se apresenta e diz: “Oi, eu canto!” e vc não leva fé até então ficar de queixo caído. A seguir? Não é difícil de adivinhar, corro pro Google e após alguns artigos “wikpédianos” lidos e entrevistas exploradas, estou aqui, ao som que muitos já apreciavam a muito tempo e que agora eu, de modo tardio, também amo.
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Ontem "é" sexta-feira...


Ontem sentamos no lugar de sempre. O cenário: Pessoas passando, correndo na sua pressa interminável... O barulho alto de som de carro misturado ao dos bares faz com que as musicas pareçam ainda mais chatas...

É a definição perfeita. 

As músicas são as de costume, até aí tudo certo. Seria estranho se por acaso alguém decidisse colocar algo que realmente valesse a pena desgastar nossos ouvidos. 

O ano mal começou, digo letivo, e parece que estou vivendo uma eterna sensação de déjà vu.

Fim de aula. Hora de relaxar. É basicamente isso todo dia, ou então, não tem aula e jogamos dominó horas e horas, sem exagero. Me incluir nesse mote não parece correto, pq sou do tipo que não tem paciência de esperar a minha vez e vou bisbilhotar ou atrapalhar a vida de alguém em outro campus, mais precisamente no campus de história ou, ainda, acessar meu MSN na biblioteca pelo hotmail. Tudo lá é bloqueado, uma chatisse.

“Quer comer?”, diz uma.

“Nada que tenha aqui!”, diz outra.

Ítala e Maria mais precisamente tentam chegar num acordo “alimentício” enquanto Rudney e Léo estão adiantados já degustando um caldo de entulhos, desses que são reaproveitados todos os dias e vendidos pra aqueles corajosos como eles.

Eu observo como sempre, sempre fico vendo quem entra e sai no portão – os olhos lá, os ouvidos na conversa pra não perder nem um ponto. Vejo que nada está resolvido, então me manifesto.

“Maria só come se Ítala comer!”, digo eu.

“Não, nada disso!”, diz ela.

Ignoro e percebo que também quero algo. “ Pede alguma coisa Maria que eu também peço.”

“Pq vc não pede?”, pergunta alguém.

“Pq só peço se mais alguém pedir!”

A discussão segue, enquanto a mesma trilha embala no fundo. Decidimos que queremos acarajé, comida bahiana, já que é sexta e se ela tiver que nos fazer mal, que nos faça nesse dia, pq temos o fim de semana inteiro para ficarmos bons da provável algazarra que ela fará no nosso organismo.

Seria perfeito, entramos na faculdade novamente pra resolver um problema e quando voltamos, nos damos conta de que a moça do acarajé decidiu tirar umas férias por hora.

Voltamos pro bar e a discussão volta ao ponto inicial.

Não dura muito até que decidimos comer fora, pra isso, temos que pegar um ônibus até o Gigo e dessa vez até que acontece rápido.

Eu e Ítala comentamos sobre como Maria e Léo formam um casal bonito. Ninguém percebe, não até que ela leia aqui no blog.

Bem, foi ai então que aconteceu...

Sempre me imagino como se estivesse num filme, e penso sobre como outras vidas estão agindo nesse determinado momento. Há pessoas felizes, tristes, com fome, fazendo sexo, bem, muitas pessoas fazendo sexo com certeza, ou então pensando em sexo.

Enfim...

De cara quando descemos já vemos uma movimentação. Vento forte, gente correndo pra lá e pra cá. Um cara passa com um cão enorme e eu lembro das manchetes de jornais. Fico com medo – tenho medo de cão que não seja meu, nunca se sabe.

Mais adiante um cara é arrastado até uma lanchonete, separado de uma provável briga. Ninguém liga muito. Estamos mais focados na comida, sempre olhando para os nossos umbigos.

Entre as duas opções, escolhemos a mais movimentada. Lógico, provavelmente a mais gostosa. Coisa rápida, ao ar livre. Comemos, conversamos e enquanto isso, a movimentação aumenta mais adiante. Ítala fica curiosa e Léo dá lição de moral, ele é sempre meio boa conduta. Não liga pra nada que não seja da sua conta.

Isso é até bom, mas...

Maria não aguenta a curiosidade e chama uma senhora que vem voltando de toda a agitação mais adianta no semáforo.

 “O que aconteceu ali?”, diz ela.

“Um cara levou uma facada na cabeça!”, diz, curta e grossa.

Léo arregala os olhos. “ Agora eu fiquei interessado!”

Mal dá tempo de digerirmos a noticia, junto do dendê e ele sai correndo, digo Léo. A seguir, pagamos a conta e vamos atrás. Pra nossa sorte, pelo menos visual, não chegamos a tempo de testemunhar tal cena.

Dada a minha dificuldade de digerir acarajé, seria capaz de vomitar ali mesmo se tivesse que dormir com a imagem de uma cabeça cortada.
        

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Maria no volante...

Imaginar Maria dirigindo é quase como tentar visualizar Barack Obama de sunguinha e havaianas. Não fosse engraçado, seria épico. É quase como brincar de ache o erro na figura: Maria enfrentando um engarrafamento. Sob sua perspectiva e controle, a direção do automóvel do seu pai sendo guiado com tranquilidade e confiança.


Maria pra quem não sabe estuda comigo, é mais velha que eu, embora não queira admitir. “Míseros meses”, tenta ela se defender. Mas suficientes para que exploda uma guerra no mundo, ou que ele se acabe na sua infinita promiscuidade. Falei bonito, mas promiscuo está sendo eu por escrever “promiscuo”. Não combina muito comigo. Não ligo muito pro mundo, nem faço do meu tempo uma arma poderosa de combate a injustiça. A verdade é: Tô pouco me lixando pra tudo isso. Se a água ta acabando, se a camada de ozônio esta aumentando ou diminuindo, enquanto todos liberam CFC de diferentes modos, sejam eles quais forem. Minha parte estou fazendo. Parei de usar desodorantes em spay, não pq tenha me sensibilizado com toda essa questão sócio-ambiental, apenas pq manchavam minhas camisas.  

Ora, ora, ninguém me entende;


Ou ainda que a minha série favorita seja cancelada. Ainda estou falando do tempo de diferença entre as nossas idades. Nesse meio tempo, muito coisa pode realmente acontecer. Falo mais precisamente de 74 dias. Tudo bem, aqui estou eu novamente falando mais do meu besteirol habitual.
        
Às vezes paro pra pensar, e vejo que sou muito de dar voltas e nunca chegar numa conclusão imediata. Queria falar sobre o fato de imaginar Maria dirigindo e em muitos caracteres distorci todo o meu planejamento. Acho que isso se chama complicar a vida, fazer o que parece simples ser complexo.


Muito bem.


Enquanto rascunho esse post, fui interrompido justo por quem?


Quem se arrisca num palpite?


Maria!


Poxa.


Tentar definir o pq do meu espanto não é lá muito fácil, teria que conhecer bem a pessoa de quem estou falando. Maria é do tipo de pessoa meio frágil, não da pra imaginá-la num transito infernal lidando com curvas e manobras. É como se o Piu Piu tivesse sido jogado numa gaiola junto do frajola. Literalmente devorado.
        
Essa coisa de prejulgar as pessoas é meio banal, mas é geralmente assim. Direcionamos conceitos pra cada um e desse modo esperamos sempre atitudes coerentes com aquilo que estamos preparados.
        
O bom de tudo isso, é que de vez em quando quebramos a cara e vemos que nem tudo é como parece ser. Tudo bem que tive que tirar essa lição de algo tão comum, bobo, como dirigir um carro – que para mim não é comum, talvez por isso seja uma boa comparação. 
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