Estou eu ouvindo música, o que faço de melhor. Quando não escrevo ou leio, apenas ouço, embora escrever e ler faça parte de um processo quase parecido, intrinsecamente ligados, que ocorre comigo de tempos em tempos.
Sou de fases e junto delas meu interesse intensifica-se ou diminui. A atual se refere a ouvir bastante música que nunca tive oportunidade anteriormente...
Data é o de menos, não falo de músicas que estouraram antes do meu nascimento, ou como costumo dizer, enquanto ainda morava nos testículos do meu pai. Falo de conexão que permita o privilégio de sair baixando álbuns e mais álbuns por ai, sem que a cabeça comece a girar graças à impaciência. Odeio esperar e até hoje não encontrei fulano que discorde de mim. Neguinho gosta de dar lição de moral. “A vida é linda, vc deveria agradecer por cada segundo dela e reclamar de uma espera boba é até pecado!” Que seja, mas quando a situação se volta contra, todo mundo mostra seu alto grau de passividade diante da temida espera.
Ouço agora, Freddie Mercury, não o prateado, sim o original. Nunca pensei em ouvir nada dele, e nem tão pouco sabia de sua existência até então banalizarem sua imagem no humorístico dominical. A imagem criada para ele, e para os mais desfavorecidos de informação cultural, tal como eu, ficou gravada de um modo quase impossível de ser mudado – a voz, os trejeitos...
Então despretensiosamente, sou apresentado a Bohemian Rhapsody que mesmo não sendo uma canção convencional me deixa vidrado, me apaixono por Somebody To Love e descubro em seguida que estou no mundo do Freddie. Fico de cara, como é de se esperar. Como quando alguém se apresenta e diz: “Oi, eu canto!” e vc não leva fé até então ficar de queixo caído. A seguir? Não é difícil de adivinhar, corro pro Google e após alguns artigos “wikpédianos” lidos e entrevistas exploradas, estou aqui, ao som que muitos já apreciavam a muito tempo e que agora eu, de modo tardio, também amo.
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