quinta-feira, 17 de abril de 2014

indagações


[...] maturidade é a palavra chave de muitas soluções. 
há um velho ditado que diz: 'quando um não quer, dois não brigam.' o amor é um bom motivo para se continuar vivendo, o recíproco é o melhor; o próprio é algo indispensável. enquanto isso, o sujeito vive sua vida sob pena de nunca acertar. "eu sou suficiente pra mim" e deve ser, pois não existe metade, príncipe encantado, nem alma gêmea, existe alguém que te satisfaça de alguma maneira; também existe alguém que te desmorona de várias, mas, acima de tudo, existe sempre opção de recomeçar. ninguém é obrigado a tolerar algo que evidentemente não deu certo e menos ainda viver com a certeza de que nunca haverá uma trégua nos conflitos. a prisão nem sempre tem grades. "estou preso numa relação não deu certo" a liberdade é uma alternativa distante diante do comodismo. a felicidade está sempre ao nosso alcance. 
e mais uma vez digo: há que se amar verdadeiramente, praticar o exercício da aceitação, amadurecer.
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quinta-feira, 3 de abril de 2014

meu presente, por mim

31 de março de 2014.

Então, aqui estou novamente, numa das minhas jornadas, literariamente, produtivas, com um único objetivo: conversar comigo, no meu dia; aniversário. 
É difícil de convencer, principalmente diante de toda essa logística que a data representa, mas aniversário, pra mim, hoje não é algo de grande relevância,  como pra maioria é. Longe de grandes comemorações,  sorrisos, felicitações,  agora, nesse momento, deixando de lado o meu racional,  vejo que hoje não deve ser o dia para comemorar o dia em que nasci e sim comemorar o fato de que ainda estou vivo, mesmo com todos os acontecimentos que se desdobraram desde o meu último apagar de velas.
Eu não estou sendo, nem serei linear nas minhas palavras, pois não foi assim que aprendi a ser eu, com o meu modo de ser estranho,  com a minha complexidade evidente e com o meu modo intenso de escrever o que sinto. E, nesse momento,  sentindo as palavras brigando em minha mente, lembro muitos dos momentos que vivi, em que ela, a escrita, foi a minha companheira, como naquele dia, na minha inocência,  em que sozinho enfrentei a minha primeira quimioterapia,  evidentemente animado com tudo aquilo e com a certeza de que tudo não passava de outra experiência de curta duração, e os meus dedos percorriam aquele teclado loucamente, fazendo a minha mente esquecer de toda a tensão do momento. Eu escrevi um livro naquele hospital, eu descrevi cada sentimento meu,  cada medo, cada felicidade e por aqueles momentos eu nem lembrava que estar ali era motivo de estar triste. 
Eu aprendi a ser feliz mesmo com vários motivos dizendo na minha cara que eu estava contrariando a lógica. Eu aprendi a ser só e que nem por isso deveria ser menos forte, pois por mais apoio e palavras que tivesse,  fui eu só que enfrentei tudo aquilo... e eu tive motivos pra me sentir triste...

Por isso, por hoje eu me sinto no direito de pedir que julguem menos as minhas atitudes. E feliz meu aniversário!!!

Coisas que me marcaram a minha vida no último ano:

* lançar o meu primeiro livro.
* mudar de curso na universidade.
* deixar de ser gordo.
* ver companheiros de quimioterapia morrerem um a um.
* ter conquistado amizades novas e maravilhosas.
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quarta-feira, 2 de abril de 2014

e por falar em chuva...

Ah, a chuva!
Sinto,  ouço e percebo a sua ação.  Como um conjunto cheio de riquezas, ela me trás a velha lembrança de que um dia às coisas foram mais simples. Mais amenas. Onde as coisas não precisavam ser tão didáticas e levadas ao pé da letra. E tudo se resolvia de uma maneira mais fácil. 
Hoje, ouvindo; sentindo; percebendo, vejo que muito mudou. Já não sou mais o velho sonhador que ilustrava seus desejos com as palavras que surgiam no pensamento. Já não fico mais na posição de defesa. Hoje sou ativo nas minhas ações e preciso no que desejo. 
Sou como a chuva... cheio de história.  Posso lembrar amor, tristeza, felicidade, medo. Sou um ser completo de figuras, repleto do que sou.
Ah, a chuva! 
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meu amor as palavras...

Eu sinto e escrevo. Nem sei porque as deixei de lado por tanto tempo, pois sempre foram minhas companhias. Meu amores verdadeiros. Aquelas que sempre falaram por mim. Que no mais profundo do meu ser habitaram e me deram vida como uma unidade só de tudo que sou. As palavras... venham a mim, com todo o seu amor, e me guiem pelos caminhos a serem tecidos de acordo com os meus pensamentos.  Eu as amo, pois fazem parte de mim e que quando exorcisadas me tornam uma pessoa melhor, completa. Fim.
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palavras sinceras


[...] quantos dias fazem que uma nuvem pairou sobre os meus pensamentos, deixando uma herança de marcas que não sei se irão sumir? 
percorrendo os dedos pelo teclado, sinto a desordem dentro de mim, gritando as palavras sem nexo algum. parece que a linearidade acabou e só restou aquela bagunça dos dias que mais precisei de uma palavra de amor. e se eu dissesse que nem tudo foram flores? que o meu sorriso nem sempre foi sincero e que as minhas expectativas nem sempre foram positivas? quem acreditaria? quem acreditaria num alguém que soube ser felicidade em todos os sentidos, o tempo todo, para todos? nem eu mesmo. me convenci que a felicidade estava no mais singelo modo de agir, que ela estaria em mim, mesmo que eu não tivesse bons motivos para isso.
me vejo naquele lugar, só. chorando dentro de mim e dizendo que nunca desistiria do que me convenci já ter vencido. na minha agonia para respirar o meu próprio ar de persuasão. não, eu poderia perder pra mim. eu nunca me deixei pensar assim, mesmo na minha agonia e vontade de viver... mesmo naquelas marcas que foram deixadas no meu corpo, e aquela sensação de que nunca mais seria o mesmo. mesmo naquela vontade de sumir e só acordar quando a minha saliva fosse fácil de engolir e que a minha dor já não existisse mais. nao, eu não poderia ter perdido. era uma luta contra um inimigo que eu já conhecia bem. 
o meu interior gritava por uma pausa, mas eu me convencia que tinha força pra seguir... não, eu jamais desistiria.
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