domingo, 7 de julho de 2013

experimentar...


[...] tudo funciona numa mais perfeita sincronia.
o céu está cinza e visualmente agradável, com pequenas brechas de luz, fendas que irradiam num efeito divino. o vento corre vagarosamente  já não é uma tarde de calor extremo, daquelas que pedimos a Deus uma trégua do mal estar que nos causa. é agradável no sentido de que podemos sentir o prazer de sentar na cadeira de balanço e curtir o momento, sem mais o que pensar.
relaxar. a palavra certa.
mesmo com o vai e vem interminável dos automóveis e com o burburinho de vozes, que se alternam entre temas banais e cotidianos, tudo parece fluir na sua mais perfeita ordem.
até eu. até os meus dedos. a minha mente parece ser a mesma de antes. a mesma que eu tinha antes dessa vida insana da qual me meti. a vida da qual todos estranharam. a tal rebeldia que me atribuiram.
eu era mais sereno. menos ansioso. confesso. diria até que linear, tal como os personagens do romantismo. não havia motivo ou direção que mudasse meu rumo. 
fumar, beber... viver a vida de modo insano. verbos que não se atribuiam a mim. eu sinto que errei em determinados momentos de minha vida e sinto também que fui um pouco inconsequente. acabei me deixando levar pelo "barato". pelo instinto impulsivo do "vida loka" que acabou tomando conta de mim. 
eu não sei ainda ao certo se errei.
acredito que as pessoas mudam e também acredito que elas tem o direito de experimentar. afinal, qual é a graça de passar por uma vida da qual só seguimos por caminhos seguros? 
às vezes eu paro e penso e sem empáfia digo a mim mesmo que não errei. eu precisava furar meu nariz, colocar um brinco, beber na hora que me desse vontade, fumar um cigarro. eu precisava experimentar todos esses dissabores.
eu tive consciência de tudo que fiz. dos erros, acertos, mas reconhecer tudo isso, não significa dizer que cometi todas as atitudes sem um fio de consciência. 
o que eu fiz, só fez mal a mim mesmo.
as drogas que usei, posso garantir a mim mesmo, foram totalmente lícitas. ou álcool e nicotina já estão proibidas no nosso país?
eu fico revoltado, como uma sociedade tão pequena pode ser tão menor ainda. 
dia desses, encontrei um amigo que soube do meu problema de saúde atual e a primeira coisa que ele perguntou foi se eu já usei drogas, por isso estava doente. respondi que sim, que usei álcool e cigarro. e que fora isso, a droga maior que usei, foi ter me deixado levar por uma vida sem sentido, que não me faz falta alguma.

então, eu vejo tudo isso. relembro como eu era.
a três anos, eu vivia integralmente em casa. alternado entre a faculdade e o meu quarto. escrevendo sem parar, lendo igualmente. minha vida resumia-se num mundo particular. só meu. eu era suficiente pra mim. mas também era mais frágil, menos esperto. mais dependente. eu precisava crescer de alguma maneira. precisava aprender a andar de moto, dirigir, deixar meu cabelo duro crescer. superar o fato de que não sou padrão de beleza, aceitar que tenho uma voz estranha por conta de outros problemas de saúde. eu tive que aprender a gostar de mim. de conhecer as pessoas e me dá a chance de deixá-las me conhecer.

hoje eu posso dizer que vivi muita coisa.
mas não todas. ainda tenho tanto.
eu era do tipo que não tinha vivido nem meia vida e achava que ja tinha vivido uma vida inteira.
....
erro meu.
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conflitos...


[...] o que os verdadeiros amigos fazem, eu não sei.
nem estou disposto a responder a dita cuja questão, muito menos inspirado a ponto de fazer belíssimas reflexões sobre o fatídico tema.
eis a questão.
amigos conversam, não se agridem.
quando eu cito conversa, estou envolvendo o ato de falar em sí. o diálogo entre duas pessoas que se conhecem suficientemente para chegar num acordo comum. a conversa é algo que começa como algo natural. com tem início, meio e fim. como algo sistemático que acontece na vida.
toda conversa começa com calma.
mesmo que haja motivos para não ter a tal calma, é exatamente nesse momento que a amizade atua, ponderando os ânimos, os nervos e colocando um meio termo nessa questão toda. 
a gente reconhece facilmente os verdadeiros amigos.
alguns, tentamos encaixar nesse seleto grupo, que alguns confundem como o grupo de todos. amigos verdadeiros se contam nos dedos, realmente, não num pergaminho de proporções infinitas.
mas, ás vezes. tudo isso isso parece confundir.
amigos não se agridem, CONVERSAM.
que tipo de amizade é essa que o sujeito tal se direciona a você e diz: " já venho te aturando a tempos"? que tipo de amizade é essa que alguém parece ter sempre algo a dizer, como uma espécie de mágoa, algo que só guarda para sí, mas que não liberta por nada. alimentando um sentimento ruim por uma pessoa que ela mesmo intitula de amiga? que tipo de amizade é essa, que na primeira oportunidade, derrama indiretas e uma espécie de engasgo, que por mais atiçado que seja, não vai nem volta. fica ai, entalado na garganta, esperando o momento de estagnar novamente?
eu sei que existem vários tipos de amigos. 
eu sei o que significa amizade.
eu sei que existe todo tipo de amigo. 
também sei que amizade verdadeira se mede por vários fatores, não apenas tempo. existem amigos de meses, tão mais amigos que amigos de séculos.
eu entendo que tudo isso é muito relativo e que a decepção é algo que sempre acompanha esse tipo de relação.
sabe por que? porque amigos reconhecem a felicidade dos outros. 
porque amigos tem o dever de orientar, quem ouve de interpretar.
ninguém toma atitudes sem prévias informações.
tentar enxergar a realidade por outros ângulos não significa "duvidar" de tais conselhos, até porque, conselho é algo pra ser dado mesmo. e pior ainda, procurar outros ângulos não significa que você não confie. afinal, quem nunca tentou ver o outro lado da moeda?
quantas atitudes erradas já não foram tomadas nessa vida, simplesmente porque uma pessoa tomou uma decisão precipitada baseada num boato que nem mesma a tal pessoa que contou tem certeza?
uma vez, eu ouvi dizer dessa mesma pessoa que não falava nada de que não tivesse provas.
e eu, na minha pouca importância que dei ao tal assunto, apenas comentei por aí. pra mim isso não fede nem cheira, até porque, como já disse, tambem ouço muito falar, mas digo pouco. algumas coisas não merecem nossa atenção.
no fim das contas, cheguei a uma conclusão...
amigos não agridem, conversam...
eu esperava uma conversa, sinceramente.
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conjugando o verbo 'amar'


sabe, devíamos conjuntar o verbo amar de outras diferentes formas. ou de outra diferente forma que não seja a que já conhecemos. uma forma menos oral, menos clichê. Menos obrigatória. Menos desejada e atiçada a ponto de se conseguir.
ouvir: ‘EU TE AMO” não é troféu pra colocar na estante dos egos.
num relacionamento, existem vários tipos de “amar” de fato. existem pessoas que são carentes, outras menos desprendidas, ou mais entregues; existem pessoas que só querem se sentir protegidas. outras seguras, na certeza de que não estão só. ou aquelas que vivem para amar de verdade, entregando-se por inteiro ao ato.
mas daí, que sentido tem o “amar” nisso tudo?
há gente que vive um relacionamento inteiro e não revela em nenhum momento que ama. não na sua forma conjugada. há gente que repete amar tantas vezes que chega a se tornar ridículo e há gente que não está nem aí pra essa palavra, deixando pra o tempo a tarefa de provar as reais certezas desse sentimento. afinal, amar é algo totalmente subjetivo. algo intocável, mas que podemos sentir de acordo com certas situações. Não somente quando conjugamos.
tornou-se banal.
amar hoje em dia é algo mais comum que virose.
eu não sou especialista nessas questões, mas eu descobri que ouvir ser amado não é garantia de nada. falar é fácil, difícil é fazer sentir. fazer ter confiança num amor cujas palavras não foram ditas com a boca e sim com atitudes. com situações que demonstrem que quando se ama, não é preciso repetir mil vezes, nem querer ouvir.
“Amar” é algo que se obtém naturalmente. 
devíamos mesmo conjugar o verbo amar de outras diferentes formas
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