sexta-feira, 15 de julho de 2011

O presente

Propensão pra desastres é algo que muita gente tem.
Eu tenho, mas nem sempre acho que isso deva ser considerado ruim. Não até que o desastre seja tão grande a ponto de me deixar, por horas, anestesiado da vida só pensando nas repercussões dele.
Acontece o seguinte:
O que você faria se, por desventura, descobrisse que a data do aniversário de alguém próximo era no dia  que você  recebeu a ligação de outro alguém te avisando o acontecimento, no dia que estava correndo, naquele mesmo dia?
Provavelmente ligaria desejando felicidades e de algum modo tentaria recompensar o fato de que não se importou muito em saber a data do aniversário da pessoa amiga e tal. Até compraria um presente. Logico, felicidades desejadas e data confirmada, estava tudo certo.
A diferença é que não era o aniversário dessa pessoa e pior, essa pessoa não fez a minima questão de desmentir. Desmentiria na segunda-feira, o dia seguinte do aniversário, porém o presente havia sido prometido para a quarta, mas, por ironia, entregue justo neste dia(a segunda) e a tal pessoa não teve cara de falar a verdade. 
Até ai eu entendo.
Foi puro acaso...
A vida deixou acontecer...
Observação: 19 de junho a data errada. 19 de julho a data correta.
Isso tudo se tornaria pior, porque essa pessoa deixou o tempo correr por quase um mês e tinha a intenção absurda de revelar a data de aniversário no dia correto, no dia de uma comemoração, na frente de várias pessoas, mais ou menos como uma cena de novela onde alguém é humilhado e sai correndo aos prantos. Mais ou menos isso.
Não tão assim, mas era.
Como se aquela boa intenção do presente foi algo considerado piada.
Uma piada apenas e sem importância.
Uma piada que se não fosse descoberta a tempo, teria causado um estrago absurdo.
Confiar nas pessoas hoje em dia é algo impossível. Você acha que pode, mas no fundo sempre tem que ter o pé atrás por nunca saber o que vai acontecer. Eu particularmente estou aprendendo ainda, mas vez ou outra cometo alguns deslizes.
O pior de tudo isso é que, por mais que as pessoas achem esse tipo de atitude normal, eu, no meu jeito chato e estranho de ser, acho um absurdo sem igual e talvez por isso nunca consiga perdoar essa pessoa, nem vê-la do modo como via anteriormente. Via como uma pessoa especial incapaz de muitas coisas que hoje sei ser capaz. Vejo hoje com certo mau estar, embora haja muita coisa boa a ser lembrada.
Talvez isso tenha sido bom pra ambos os lados.
O fato de eu estar decepcionado faz com que eu a esqueça; e acho que eu esquecê-la talvez seja o que mais essa pessoa venha desejando nos últimos tempos.
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