domingo, 24 de abril de 2011

deu vontade de questionar

            Ás vezes a gente acha que Sabe de tudo e seguimos inabaláveis; Ou que somos os detentores do saber (dá no mesmo), reis da cocada preta, ou, trocando em miúdos, Indestrutíveis. Meio toda aquela questão pedagógica vivida nas graduações de licenciatura. Há todo um discurso de que professor não sabe de tudo segundo os novos paradigmas e que definições antigas não mais são válidas. Tudo na mais perfeita ordem, seguindo os padrões impostos a cada década, século, milênio, que seja. Mas não quero falar disto. Quero falar de como nos sentimos realmente Deus em certos momentos. O chamado rei na barriga é algo comum, posso dizer isto com convicção. É comum passar por um momento em que nos achamos donos do mundo e sabichões de carteirinha. É normal e sábio. É sábio se auto convencer de que nada nos destruirá (os livros de auto-ajuda que o digam), e é normal por que somos humanos e como tais, temos de suprir toda aquela historinha de conflito interno – temos um anjinho, um demônio e um meio termo, entre ambos, dentro de nós. É normal como já disse. É humano. Por assim sermos, estamos destinados a sermos meio maléficos. A vida não é uma obra de José de Alencar. Nem todo mundo é constante.

Não sei onde queria chegar escrevendo as primeiras linhas rascunhadas acima, mas sei que, agora, vendo de fora, estava querendo dizer que como seres humanos não podemos ser de todo lineares. Não há uma única definição pra gente. Gente boa, gente ruim, gente maneira, piruá. Não pode haver essa crença besta de que tudo deve ser bem organizadinho e estereotipado. Não pode só haver o mal e o bem. Nem todo mundo é só bonzinho ou o contrário, e ainda assim muita gente dúvida que fulano tenha cometido tal atrocidade. Como aquele caso Eloá, onde todos defendiam o hoje assassino, afirmando que ele seria incapaz de fazer algo de mal.
Muitos discutem hoje sobre tal caso, lamentam, chegam até a culpar a polícia por não ter tomado uma atitude mais drástica, mas muitos também esquecem de todo o questionamento que houve na época sobre o tal fulaninho ser bonzinho de mais, bom filho de mais e inofensivo de mais. Por que seria? Quem sabe o que se passa dentro do outro ao lado? Quem sabe realmente se ele é feliz ou se tudo que fala não passa de aparência? As aparências às vezes enganam, aí vejo o real sentido de nunca ignorar um ditado popular, sabedoria exímia, teórica e empírica. Muitos se esquecem de lembrar que se o fulano de tal tivesse morrido antes de cometer o ato, teria terminado toda essa estória como um simples coitado, incapaz (outra vez), de fazer mal a alguém. Ora. De um modo ou de outro tudo isso tinha que acabar mal. Teria uma inocente ter de pagar pela boa reputação do sujeito inofensivo?
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